Turquia: Tentativa de golpe mostra «mal-estar» no país – bispo católico

D. Paolo Bizzeti, vigário apostólico da Anatólia, deixa apelos à calma

Lisboa, 16 jul 2016 (Ecclesia) – O vigário apostólico da Anatólica, D. Paolo Brizzeti, disse à Rádio Vaticano que a tentativa de golpe militar da última noite revela o “mal-estar” que se vive no território turco, temendo repercussões negativas no futuro do país.

“É preciso encontrar o mínimo de calma necessária para compreender as razões mesmo de quem se insurgiu: uma insurreição é certamente um indicador de mal-estar, sempre. Por isso, é preciso ir à raiz desse mal-estar”, declarou o bispo católico.

O responsável falou de um confronto entre correntes mais favoráveis à “laicidade” do Estado e os que defendem uma maior islamização da sociedade turca.

As forças leais ao Presidente turco, Recep Erdogan, abateram 104 militares revoltosos na tentativa de golpe de Estado de sexta-feira à noite na Turquia, adiantando que outros 1563 foram detidos.

Numa declaração à televisão oficial turca, o general Umit Dundar, chefe do Estado-Maior interino das tropas leais a Erdogan, confirmou também a morte de outras 90 pessoas – dois soldados, 41 polícias e 47 civis -, elevando para 194 o total de vítimas mortais da sublevação, que acabou por ser abortada.

D. Paolo Brizzeti fala num clima de “muita tensão”, pedindo prudência nas reações.

“Não se pode negar que nestes últimos tempos foi praticada uma política de ódio, do confronto. Evidentemente, isso leva a uma deflagração maior, num certo momento”, prosseguiu.

O responsável católico apela ao diálogo e sublinha que a Igreja espera que as partes em conflito “baixem o tom” e recusem a violência.

OC

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