Turquia: Meios de comunicação são hostis à visita do Papa

Segundo D. Luigi Padovese, vigário apostólico de Anatólia, o esfaqueamento de um padre católico revelou uma campanha nos media turcos para frustrar o sucesso da visita de Bento XVI à Turquia em Novembro. A minoria católica da Turquia (cerca de 30 mil pessoas) ficou chocada com o ataque ao padre francês Pierre Brunissen, de 75 anos, que foi apunhalado a semana passada na cidade de Samsun, alegadamente por um esquizofrénico. Este é já o sexto ataque a um representante do clero católico na Turquia, ocorrido meses após a morte do Padre Andrea Santoro. Em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre, Mons. Padovese, declarou que os jornais turcos têm vindo a espalhar falsidades sobre o Pe. Brunissen, nomeadamente que o sacerdote tentou enganar as pessoas com o objectivo de as converter ao cristianismo. “Os jornais tentam agravar a situação para mostrar os cristãos como inimigos do povo turco”, referiu o prelado, que acrescentou que esta reacção coincidiu com o surgimento de comentários hostis nos media acerca da programada visita do Papa à Turquia: “Alguns irão procurar por todos os meios fazer diminuir os efeitos positivos desta viagem”. Sobre esta questão Mons. Padovese sublinhou que foram publicados artigos pedindo a Bento XVI para não rezar na catedral de Hagia Sophia – que foi transformada numa mesquita e depois num museu. Falando sobre o alegado incitamento ao ódio por parte dos meios de comunicação social turcos, o prelado afirmou: “Se ler os jornais ou ver televisão, o que verá sobre os cristãos é muito negativo. As autoridades tentam o diálogo, mas se as opiniões na comunicação são tão negativas, como será esse diálogo possível?”. Departamento de Informação – Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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