Papa recebeu compromisso ecuménico dos santos João XXIII e João Paulo II
Cidade do Vaticano, 24 out 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a sua próxima viagem à Turquia, de 28 a 30 de novembro, quer ajudar a superar os “obstáculos” que separam católicos e ortodoxos.
“A visita do bispo de Roma ao Patriarcado Ecuménico, e este novo encontro, serão sinal da profunda relação que une as sedes de Roma e Constantinopla e do desejo de superar, no amor e na verdade, os obstáculos que ainda nos dividem”, declarou, ao receber uma delegação da Fundação ‘Orientale Lumen’, que reúne os cristãos de tradição oriental nos Estados Unidos da América.
Francisco destacou a “paixão ardente” dos Papas João XXIII e João Paulo II pela unidade dos cristãos.
“O exemplo destes dois santos, que sempre testemunharam uma ardente paixão pela unidade dos cristãos, é iluminador para nós”, disse.
Sobre os Papas santos, Francisco explicou ainda que São João XXIII aquando o anúncio da convocação do Concílio Vaticano II indicou a unidade dos cristãos como uma das sua finalidades; por sua vez, São João Paulo II, na Carta ‘Ut Unum Sint’, sobre a unidade dos cristãos, deu um significativo impulso ao ecumenismo.
A delegação, com 45 cristãos ortodoxos dos EUA, está em Roma no âmbito de uma peregrinação ecuménica liderada pelo metropolita ortodoxo Calisto de Diokleia, “muito ativo no campo do diálogo pela unidade dos cristãos”, destaca a Rádio Vaticano.
O Papa Francisco e o patriarca ortodoxo de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu, reuniram-se a 25 de maio deste ano para uma inédita celebração ecuménica na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Nesse mesmo dia, assinaram em Jerusalém uma declaração conjunta na qual assumem compromissos comuns em causas sociais e no diálogo entre religiões.
“Temos o dever de oferecer um testemunho comum do amor de Deus por todas as pessoas, trabalhando em conjunto ao serviço da humanidade, especialmente na defesa da dignidade da pessoa humana em todas as fases da vida e da santidade da família assente no matrimónio, na promoção da paz e do bem comum”, assinala o texto.
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