D. Pio Alves analisa o trabalho nos três setores nos últimos seis anos
Porto, 02 ago 2017 (Ecclesia) – D. Pio Alves disse à Agência ECCLESIA que a resposta qualificada a quem quer visitar os ambientes da Igreja Católica requer uma “conciliação entre os bens culturais, a cultura e a comunicação social”.
Para o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais nos últimos seis anos, o projeto de intervenção e dinamização da Igreja e Torre Clérigos, no Porto, é um “exemplo magnífico” de conciliação dos três setores.
Para o bispo auxiliar do Porto, a grande afluência de públicos aos Clérigos “não acontece por acaso”, mas porque “foi tão importante a inauguração” do património recuperado como “o dia seguinte”.
“As pessoas vêm aqui porque aqui há qualidade, há profissionalismo e respostas culturais variadas e complementares para públicos diferentes” onde se cruzam a “dimensão religiosa, cultural e a comunicação”, referiu D. Pio Alves.
Numa avaliação dos dois mandatos como presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Socais, D. Pio Alves referiu “a sorte” de encontrar “excelentes colaboradores” e sublinhou a concretização da “abertura” a novos públicos.
Para o bispo auxiliar do Porto, o contacto com pessoas de “matriz cristã, mas de prática de vida com diversos modos de a assumir” corresponde a um “trabalho importante” que “deixa sementes” e que “ajuda à afirmação da Igreja como presença importante na sociedade”.
No setor dos Bens Culturais, D. Pio Alves sublinhou o trabalho no âmbito do projeto ‘Cesareia’, para “pôr ao alcance de um público mais alargado” as várias bibliotecas de instituições religiosas, e o projeto ‘Thesaurus’ para incentivar “a inventariação do património”, com “linguagens comuns” e “os mesmos recursos”.
“O património da Igreja é de uma riqueza enorme, com uma linguagem que é de todos os tempos e que infelizmente muitas vezes estamos a perder. Damos clara prioridade à linguagem escrita e oral e perdemos esta linguagem, de outras épocas, mas que continua a ser atual e percetível por públicos mais alargados”, sublinhou.
No setor da cultura, D. Pio Alves acentuou a necessidade de desenvolver “estruturas diocesanas” que permitam concretizar iniciativas culturais nos vários pontos do país, uma vez que o secretariado nacional do setor tem o objetivo de “potenciar o que as Dioceses fazem e propor formação e ideias que requerem na base uma “estrutura consolidada”.
A respeito da comunicação, o bispo auxiliar do Porto disse que este é um setor onde é necessário “dar passos significativos”, tanto no uso dos recursos disponíveis como na comunicação interna.
"Temos de aprender cada vez mais a comunicar entre nós próprios. Custa-nos muito juntar esforço para podermos comunicar de modo mais efetivo, para que as imensas realizações da Igreja, o seu dia-a-dia e a sua mensagem possa ser feito de forma mais eficiente, com menos esforços e mais resultados”, afirmou D. Pio Alves
“Em todos os setores há caminho para andar”, acrescentou o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais nos dois últimos mandatos.
Nas eleições da Conferência Episcopal Portuguesa realizadas na última Assembleia Plenária, D. João Lavrador foi eleito presidente da Comissão Episcopal da Cultura Bens Culturais e Comunicações Sociais, de que fazem parte também D. Pio Alves, D. Amândio Tomás e D. Nuno Brás.
PR