Turismo: Uma atividade económica ao serviço de pessoas e comunidades

Comunicação do diretor da Obra Nacional do Turismo aos profissionais do setor no Brasil

Aparecida, Brasil, 26 set 2016 (Ecclesia) – O diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONP) afirmou no Brasil que a atividade turística não é apenas uma das “áreas da economia”, mas uma “atividade humana” ao serviço das pessoas e das comunidades.

“Em crescimento e na diversidade, o turismo responsabiliza a todos na construção de uma sociedade mais solidária”, disse o padre Carlos Godinho na conferência que fez na Terceira Romaria Nacional dos Profissionais de Turismo do Brasil, que terminou este domingo no Santuário Nossa Senhora Aparecida.

Numa comunicação sobre o tema “Turismo e bem comum”, o sacerdote português referiu que o turismo “serve o bem comum” quando “se centra no primado da pessoa e no pleno desenvolvimento da sociedade, no exercício das atividades que lhe são próprias”.

Meso sendo uma área muito peculiar da economia, o diretor da ONPT diz que se exige “uma visão mais ampla” e “multifacetada” enquanto “atividade humana ao serviço das pessoas – de cada pessoa e do seu pleno desenvolvimento – e das comunidades”.

“Uma atividade que devidamente orientada, com a cooperação de todos – entidades públicas, privadas e comunidades locais, onde se inclui também a cooperação entre a Igreja e a sociedade -, pode servir para a construção de uma humanidade mais justa e equitativa”, sublinhou.

“Em crescimento e na diversidade, o turismo responsabiliza a todos na construção de uma sociedade mais solidária; se vivido na autêntica responsabilidade de uns para com os outros”, acrescentou.

O padre Carlos Godinho deixou algumas “indicações práticas” aos participantes Terceira Romaria Nacional dos Profissionais de Turismo do Brasil, nomeadamente dar prioridade ao “colhimento do turista”, definir destinos que “favoreçam a autêntica reciprocidade humana” e “constituir pacotes turísticos não apenas atrativos, mas que compreendam a globalidade da pessoa e das suas necessidades – físicas, psicológicas, intelectuais e espirituais”.

Para o diretor da ONPT, os programas devem estar “adaptados às necessidades familiares” e promover “comunhão familiar, pela partilha de atividades, no diálogo e no enriquecimento mútuo”, adaptados às diversas faixas etárias e na “proteção das pessoas, das comunidades mais vulneráveis e das culturas locais”.

“Respeitar e fazer respeitar, por si ou através de associações do setor, as leis laborais aplicáveis aos agentes de turismo e demais trabalhadores desta área” é outra proposta do padre Carlos Godinho, que defende também a “autêntica igualdade entre homens e mulheres, providenciando a uma remuneração igual, em situações de trabalho semelhante, e à igualdade de oportunidades de progresso na carreira profissional”.

O diretor da ONPT defendeu ainda a promoção do “turismo social”, acessível a todos, e um turismo sustentável, do ponto de vista ambiental, contribuindo decididamente para a o ‘cuidado da casa comum’”.

PR

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Agência ECCLESIA

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