Turismo Religioso/Portugal: Workshops Internacionais dão visibilidade a Fátima, à região centro e ao país

«É sinal do reconhecimento que este é o maior destino de turismo religioso português» – Padre Carlos Cabecinhas

Fátima, 07 mar 2025 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima acolhe até hoje a 12ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso (IWRT), que reúne 260 pessoas de 48 países, promovidos pela Associação Empresarial de Ourém-Fátima (ACISO).

“Para Fátima acolher este Workshop de Turismo Religioso é, por um lado, sinal do reconhecimento que este é o maior destino de turismo religioso português, mas por outro lado também porque nos ajuda a divulgar Fátima”, explicou o reitor do Santuário de Fátima, em declarçaões à Agência ECCLESIA.

A ACISO está a dinamizar desde quinta-feira a 12ª edição dos IWRT (sigla em inglês de International Wokshops on Religious Tourism), com reuniões B2B – “operadores turísticos internacionais e empresários nacionais que se inscrevem para apresentarem os seus produtos, os seus serviços”.

“Não tenho a mínima dúvida que esta reunião de todos estes operadores e pessoas que nos visitam nestes dias são uma forma excelente de dar a conhecer Fátima, de dar a conhecer este lugar como lugar visitável para todos aqueles que querem vir aqui, conhecer Fátima, conhecer a sua mensagem”, acrescentou o padre Carlos Cabecinhas.

A presidente da direção da Associação Empresarial de Ourém-Fátima salientou que pretendem, “como sempre”, que esta seja mais uma edição que tenha resultados práticos “no incremento da operação turística para Fátima, para Portugal, para a região centro, em termos de turismo religioso”.

“Portugal é um país tão pequenino que os turistas quando vêm, mesmo que o principal motivo da viagem seja visitar Fátima, querem saber o que existe à volta, muitos turistas que vêm visitar Lisboa, por exemplo o mercado brasileiro, não passa sem dar um saltinho a Fátima porque é muito devoto de Nossa Senhora de Fátima”, exemplificou Purificação Reis.

O reitor do Santuário de Fátima recordou que acolhem “sempre com muito gosto” os Workshops Internacionais de Turismo Religioso desde a 1ª edição, porque o turismo religioso é “uma dimensão do turismo que vale a pena ser refletida e valorizada”, e, nestes 12 anos, o padre Carlos Cabecinhas acredita que se fez “muito caminho, muita coisa se alterou, houve muito progresso”.

Desde 2019, na sessão de abertura dos IWRT é apresentado um ‘Destino Convidado’, que este ano é Portugal, já foram destinos convidados Israel (2019), Hungria (2020), Rio de Janeiro (2021), Jordânia (2022) e Paraguai (2024).

“Os operadores turísticos saberem qual é o potencial turístico que existe em toda esta região centro e de que forma é que podem organizar a sua operação turística, que programas diferentes é que podem fazer, é importante que tenham essa informação, e esta apresentação de Portugal como destino convidado também tem esse objetivo”, explicou a presidente da ACISO.

Lídia Monteiro, do Turismo de Portugal, destacou que “2024 foi o melhor ano de turismo em Portugal”, o país conseguiu “números elevados” que “eram metas a atingir em 2027”.

“Fátima é o nosso altar mariano, Fátima para Portugal representa muito, do ponto de vista espiritual, mas também porque é o motivo de atração de pessoas para escolherem Portugal, para nos visitar e pessoas de todos os cantos do mundo”, assinalou a vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, em declarações aos jornalistas, após a apresentação onde destacou “outros altares marianos” no país, e também os “caminhos da espiritualidade”, nomeadamente os ‘Caminhos de Fátima’ e o Caminhos Português de Santiago.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal afirmou que “o turismo religioso é fundamental”, é um turismo “extremamente importante” que dinamiza na região centro, uma zona com menos carga turística.

Francisco Calheiros destacou o crescimento do turismo religioso em 2024, e adiantou que se vai “assistir mais acentuadamente em 2025”, devido ao “voo direto de Seul, na Coreia, para Lisboa”, que motiva “um fluxo muito, muito grande de turista coreanos, hoje em dia tem sido o turista que mais tem crescido”.

A ACISO promoveu a reflexão sobre o ‘Turismo Religioso como Caminho de Paz e Fraternidade Humana’ e realizou uma conferência com representantes das três religiões abraâmicas – judaísmo, cristianismo (Igreja Católica e Igreja Evangélica Presbiteriana) e islamismo – do hinduísmo que falaram para 510 pessoas, esta quinta-feira, após a sessão de abertura dos IWRT, no Centro Paulo VI.

“A conjuntura global nos exigia isso, portanto todos vivemos tempos de facto muito conturbados e penso que os apelos de facto à congregação dos esforços neste caminho para a paz têm que ser permanentes, esta foi uma forma também de darmos o nosso contributo nesse sentido, e porque de facto o turismo em geral ultrapassa fronteiras, une culturas, faz com que haja mais respeito pela cultura do outro”, desenvolveu Purificação Reis.

O presidente do Município de Ourém considerou “fundamental” falar sobre turismo religioso como caminho de paz e fraternidade humana, porque “Fátima é uma cidade da paz, e este tema é hoje muito atual infelizmente, um pouco por todo o mundo, seja no Médio Oriente, seja na Ucrânia,”.

“É importante que nós, enquanto Fátima, enquanto turismo religioso, possamos ser associados à paz, porque também isso é uma forma de trazer mais turistas, trazer mais gente ao nosso território, porque aqui se sentem bem, aqui sente-se uma paz de espírito grande, sentem-se em segurança, que é fundamental nos dias de hoje”, acrescentou Luís Albuquerque, em declarações à Agência ECCLESIA.

CB/OC

 

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