Uma ponte entre a Europa e a América rica em cultura, tradição e religiosidade
Angra do Heroísmo, 06 ago 2015 (Ecclesia) – O portal Igreja Açores, da Diocese de Angra, convida a conhecer o arquipélago composto por nove pedaços de terra, que assinalam a “derradeira fronteira do Atlântico”, e que mantêm tradições religiosas que merecem lugar de destaque.
O espaço digital de informação católica dos Açores assinala que nesta época balnear “todos os caminhos” vão dar ao Santuário do Senhor Bom Jesus Milagroso, um templo de 33 metros de comprimento, com três naves sustentadas por pesadas pilastras, em São Mateus, no Pico, característico pela sua montanha, o ponto mais alto de Portugal (2351m), torna-se “um dos desafios mais aliciantes no verão”.
Na Assunção da Virgem, marcada para 15 de agosto, o convite é visitar a Senhora dos Anjos, uma das “mais participadas festas religiosas do verão na maior ilha do arquipélago”, São Miguel.
A igreja paroquial, “espreitada” pela Serra de Água de Pau, “veste-se a rigor” e os atrativos continuam na zona balnear da Caloura, que “convida a um banho de águas de azul profundo”, numa terra onde as vinhas e as figueiras “esperam pelos menos afoitos”.
O portal Igreja Açores aconselha ainda mais dois destinos com festa e tradição já no mês de setembro: logo no primeiro domingo, o périplo pelo arquipélago para na Ilha de São Jorge, mais propriamente na Fajã do Santo Cristo: “Reserva natural desde 1984", onde "se situa o Santuário do Santo Cristo da Caldeira.”
“A lenda que deu origem ao culto conta que um pastor deixou o seu gado a pastar, descendo a uma lagoa onde apanhou lapas e ameijoas. Ao parar para descansar contemplou um objeto na água a flutuar e viu que era uma imagem em madeira do Senhor Santo Cristo”, explica o projeto de comunicação açoriano, na mais recente edição do Semanário ECCLESIA, onde a lenda tem continuação.
Depois, a Festa da Serreta “impõe” uma peregrinação até ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, a 12 e 13 de setembro, a 20km de Angra do Heroísmo, no cabo extremo ocidental da ilha Terceira.
“A romaria, a pé, é uma das mais concorridas da ilha” e do programa destaca-se a “tradicional tourada” à corda, no dia 14, quando o também “pic-nic familiar” prolonga conversas a “olhar o mar”.
Segundo o artigo, a história das ilhas dos Açores, de Santa Maria ao Corvo, é “herdeira” de uma relação conflituosa entre o homem e a natureza, “tantas vezes no limite da sobrevivência”.
“Ainda assim, o resultado desta convivência é dos mais harmoniosos, sobressaindo templos e artes, que apelam às mais ancestrais tradições”, contextualiza o sítio Igreja Açores sobre o arquipélago, de clima temperado marítimo e os solos férteis, que é a “derradeira fronteira do Atlântico” entre “dois mundos – a Europa e a América”.
A Agência ECCLESIA desafiou responsáveis pelos setores do turismo e do património, da cultura e da comunicação em cada diocese, a apresentarem, neste tempo de verão, os tesouros que os seus territórios têm para oferecer às pessoas.
CB/JCP