Responsável nacional faz balanço positivo das primeiras jornadas para o setor
Fátima, Santarém, 11 jan 2014 (Ecclesia) – O padre Carlos Godinho, diretor da Obra Nacional Pastoral do Turismo, disse hoje à Agência ECCLESIA que o alargamento da ação neste setor a todas as dioceses, através de secretariados próprios, é uma “questão fundamental”.
“O nosso principal objetivo neste momento é ajudar as dioceses na constituição de comissões ou de serviços de Pastoral do Turismo, a nível local”, declarou o responsável, em Fátima, no final das primeiras jornadas nacionais da Pastoral do Turismo, promovidas pela Igreja Católica, após dois dias de conferências e debates com especialistas portugueses e espanhóis.
O diretor da ONPT faz um balanço “muito positivo” da iniciativa, que deixou “interpelações” à valorização das “várias dimensões” do turismo religioso, dos santuários às peregrinações, passando pela “valorização do património” e a elaboração de roteiros.
“A Igreja é detentora de um património elevado, em Portugal, e deve qualificar esse património, disponibilizando-o, com qualidade, para que os visitantes possam usufruir dele”, precisou.
Este trabalho passa ainda por “apresentar a identidade própria” desse património, mesmo a quem não o procura por razões religiosas, mas culturais, aproveitando uma “possibilidade imensa de evangelização”.
“Essa é uma realidade de diálogo, que coloca uma interpelação forte à Igreja, na capacidade de apresentar a mensagem do Evangelho muitas vezes presentes numa peça, num elemento arquitetónico, numa alfaia litúrgica”, assinala o padre Carlos Godinho.
Para este responsável, o turismo religioso “tem um lugar importante” no contexto do país e é uma realidade em crescimento, fruto de um “investimento claro” também por parte do Estado.
A iniciativa, que decorreu na Casa de Nossa Senhora do Carmo, abordou temas ligados à relação entre a Igreja, o Património Religioso e o Turismo, para além do trabalho que as dioceses estão a desenvolver nesta área.
MD/OC