Funchal, Madeira, 19 ago 2015 (Ecclesia) – O pároco da igreja da Senhora do Monte, na Diocese do Funchal, enaltece o património edificado, natural e religioso do local onde se venera a padroeira da Madeira, que “testemunha os primórdios da colonização”.
“Em 1470 foi criada a capela de Nossa Senhora da Encarnação. Havia uma cultura que estava a nascer e um pouco mais tarde temos a descrição da aparição de uma pequenina imagem no meio da serra, num lugar completamente desabitado e onde não havia razão de haver uma imagem sagrada de Nossa Senhora”, contextualizou o padre Giselo Andrade, ao programa de rádio ECCLESIA, na Antena 1 da RTP.
Por usa vez, na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, dedicada ao turismo, o sacerdote também destacou a igreja de Nossa Senhora do Monte, datada do século XVIII, que no alto da cidade do Funchal ergue-se “luminosamente” com as suas duas torres.
“A festa em honra de Nossa Senhora do Monte que tão bem exprime a fé e devoção do povo madeirense para com Maria Santíssima, é um dos mais antigos e concorridos arraiais de toda a Ilha”, explicou o padre Giselo Andrade.
No dia da festa, celebrada a 15 de agosto, a pequenina imagem de Nossa Senhora, do século XV/XVI, é “levada em procissão” envolvida com fios de ouro e ofertas dos peregrinos “agradecidos pelas abundantes bênçãos e graças”.
Segundo o pároco existe uma harmonia entre o profano e o sagrado e um sinal de espiritualidade, “que foi amadurecido pela tradição”, manifesta-se na novena de oração que “acompanha e prepara” as pessoas para “entrarem na festa”.
O local onde se venera a padroeira da cidade e da diocese está envolvido num “quadro de beleza natural”: “A meio de jardins tropicais e secular vegetação, com uma vista privilegiada para o anfiteatro da cidade”, elucida.
Para chegar à igreja, o sacerdote sugere uma viagem de teleférico, “com vista panorâmica”, a partir da cidade do Funchal e que termina próximo do edifício, depois para regressar os “típicos ‘carros de cesto’” começam o seu percurso junto à “longa escadaria” da igreja.
O pároco da igreja da Senhora do Monte assinala ainda que o interior do templo guarda a capela tumular do Beato Carlos, o último imperador da Áustria e Rei da Hungria (Persenbeug 17.08.1887 – Funchal 01.04.1922), que foi beatificado pelo Papa São João Paulo II, em 2004.
CB/OC