Obras de recuperação e requalificação deste património terminam em outubro
Évora, 19 ago 2015 (Ecclesia) – O pároco de igreja de São Francisco, na Arquidiocese de Évora, destaca que este é um dos monumentos de “visita imprescindível na cidade”, pela arquitetura, mas também pelo “testemunho do passado glorioso” da história da expansão portuguesa.
O cónego Manuel da Silva Ferreira assinala que a partir de outubro, depois de concluírem as obras de recuperação/requalificação, os visitantes vão ter à disposição, para além da igreja e da Capela dos Ossos, o Museu de Arte Sacra instalado nas antigas celas monásticas e a coleção de presépios do General Canha da Silva.
Na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, o sacerdote recorda que a igreja que testemunha o “período áureo” português dos séculos XV e XVI foi fundada como uma das primeiras casas franciscanas do país, no século XII.
“A igreja seria reconstruída entre 1480 e 1515, sendo as três naves originais substituídas pela nave única subsistente, coberta pela arrojada abóbada ogival que atinge 24 metros de altura”, explica o pároco de igreja de São Francisco.
Neste “passado glorioso da história da expansão portuguesa”, a corte instalou-se no convento, acabando por “transformar” algumas partes em Paço Real.
“A igreja, elevada a Capela Real, foi alvo de profunda decoração pelos pintores régios, como Francisco Henriques e Garcia Fernandes”, exemplifica o cónego Manuel da Silva Ferreira, assinalando que a ocupação terminou aquando a perda da independência para os reis espanhóis.
Durante este período foi construída a “singular” Capela dos Ossos, “alusivo à transitoriedade da natureza humana”, que era um espaço meditativo da comunidade fradesca.
Depois, dá conta ainda o cónego Manuel da Silva Ferreira, as invasões francesas e a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, “atingiram gravemente o convento” provocando a “perda e a dispersão” de parte do seu espólio.
CB/OC