Diretor da nova Obra Nacional envia carta de sensibilização às comunidades católicas
Lisboa, 27 jul 2012 (ECCLESIA) – O diretor da nova Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT) escreveu uma carta dirigida aos membros da Igreja Católica em Portugal na qual destaca a “urgência” da ação eclesial neste setor.
No documento, enviado hoje à Agência ECCLESIA, o padre Carlos Godinho lança um conjunto de oito propostas, entre as quais se conta a de “desenvolver uma catequese sobre o tempo livre e o turismo, quando o aconselha a realidade do lugar, quer para os cristãos residentes, quer para os turistas”.
“Encorajar e promover ações de apoio e prevenção a favor de grupos que possam ser vítimas de uma promoção errada do turismo ou do comportamento dos turistas” é outras das sugestões apresentadas.
Recordando as várias mensagens do Vaticano para o Dia Mundial do Turismo, o diretor da ONPT apela à promoção de um “turismo ético e responsável, que favoreça o encontro de pessoas e de culturas, num desenvolvimento harmonioso das sociedades, promovendo a luta contra a pobreza e o desemprego, bem como a defesa do meio ambiente e da biodiversidade”.
Para o também pároco do Luso (Diocese de Coimbra), a iniciativa da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana de criar uma Obra Nacional vem reconhecer “a importância do turismo para as sociedades hodiernas, em que Portugal não é exceção”.
Neste contexto, o responsável sublinha que “o número de turistas, em Portugal, passou dos cerca de 4 milhões, em 1984, para aproximadamente 12 milhões, em 1999, cifrando-se agora nos 14 milhões”.
“Esta realidade não pode, de modo algum, ser estranha à Igreja”, observa o sacerdote.
O diretor nacional apresenta “quatro vetores fundamentais” propostos pela hierarquia católica na área do turismo: “Anúncio da Palavra de Deus e celebração da fé; defesa e desenvolvimento do respeito pela dignidade da pessoa humana; promoção do bem comum; participação na tarefa da nova evangelização”.
A ONPT sugere que as comunidades católicas em Portugal procurem “promover, acolher e estimular a ação dos grupos de apostolado dedicados em particular às pessoas que vivem e trabalham no setor do turismo”.
Nesse sentido, propõe-se ainda a criação de um “um grupo permanente de leigos” para estudar e promover ações pastorais neste campo.
A atenção aos turistas, acrescenta a carta, deve passar por “medidas adequadas para que os visitantes possam participar nas celebrações eucarísticas na própria língua ou com outras expressões da própria cultura”.
O padre Carlos Godinho e a equipa da Obra Nacional esperam ainda que as comunidades católicas saibam “adequar os serviços às necessidades dos turistas, nos lugares de intensa presença turística, de modo a facilitar o contacto pessoal, a celebração da fé, a oração individual e o testemunho da caridade”.
O documento conclui com uma chamada de atenção para a importância de “manter oportunamente atualizada a informação sobre os serviços paroquiais” e pede que os turistas “a possam consultar nos seus hotéis, em lugares de informação ou através de outros meios de difusão”.
OC