Lisboa, 15 out 2011 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Portuguesa de Voluntariado realçou que o voluntariado existe “para servir a causa dos outros e não para alguém se servir a si próprio ou procurar qualquer tipo de estatuto social e pessoal”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Eugénio da Fonseca sublinhou esta sexta-feira – na entrega do Troféu Português do Voluntariado – que “é pena não se saber o número de voluntários nem se conhecerem o número de organizações que integram voluntários”.
Concorreram a este galardão 14 candidaturas das mais variadas áreas e o júri escolheu o projeto relacionado com a «Formação Superior de Dirigentes Associativos maiores de 23 anos» que abrange o desenvolvimento comunitário.
O vencedor do prémio, entregue esta sexta-feira, na sede da Cruz Vermelha, em Lisboa, será o candidato português “ao prémio europeu do voluntariado”, referiu Eugénio da Fonseca.
A Confederação Portuguesa de Voluntariado (CPV) irá “beneficiar da forma como em Portugal” se celebrou o Ano Europeu do Voluntariado porque a comissão deu “dinamismo e visibilidade” a esta área, frisou.
O atual governo decidiu “reestruturar em termos orgânicos o voluntariado” em relação ao setor público e, embora a CPV seja parceira do Estado é autónoma, a CPV espera ser ouvida “sobre a reestruturação”, salientou
Na entrega do prémio, o secretário de Estado da Segurança Social, Marco António Costa pediu ajuda aos voluntários e reconheceu o valor deste setor
Apesar de reconhecer que os tempos atuais não são fáceis, Eugénio da Fonseca lamenta que o Estado esteja “distante dos cidadãos” e se arvore “em patrão” porque este “não é detentor do dinheiro”.
Na cerimónia de entrega, Artur José Simões Martins, presidente da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura Recreio e Desporto, explicou à Agência ECCLESIA a forma de funcionamento do projeto e as virtudes que este proporcionou aos aderentes.
“Um trabalho de liderança comunitária que pretende dar respostas” às diversas coletividades e associações “tornando os voluntários qualificados”, disse.
Através da teoria e da ciência, os voluntários que frequentam o curso tornam-se mais “habilitados para responder” às necessidades das associações.
Atualmente estão envolvidas cinco pessoas neste projeto que estão no terceiro ano da licenciatura, mas este ano entraram “novos dirigentes associativos”.
PR/LFS