A Caritas Portuguesa organizou no passado sábado, em Fátima um encontro nacional de técnicos, com o objectivo de partilhar experiências e prestar alguma formação além da área específica onde os técnicos desenvolvem as suas funções. De entre os 43 participantes oriundos de todas as dioceses do país, podiam encontrar-se professores, técnicos de acção social, contabilistas, psicólogos, professores e exactamente por serem de áreas tão diferentes “valorizam muito a troca de experiências de outras áreas que não a sua” assim explicou à Agência ECCLESIA, Maria Luísa Correia, da Caritas Portuguesa e pertencente à organização do encontro. Histórias que retratam a realidade de cada diocese pintaram os relatos dos participantes, onde a riqueza nasceu pelo facto do trabalho dos técnicos ser muito diferente. Experiências com a comunidade cigana, em que a Caritas surge como interlocutor com o poder autárquico, histórias de encontros, que Isabel Rodrigues, investigadora social e participante no encontro relembra. “Desde que a Caritas organiza estes encontros, tenho participado porque sinto ser importante esta troca. Para mim que não trabalho propriamente com emigrantes, foi muito interessante esta formação” afirma Isabel Rodrigues. Mas nem só da partilha viveu este encontro. “É objectivo da Caritas Portuguesa dar alguma formação, não só na sua área profissional, mas dar algo menos material” assinala Maria Luísa. Seguindo este caminho, o encontro deste ano, debateu as questões da emigração, nomeadamente o trabalho que as Caritas diocesanas fazem com os emigrantes. Em parceria com o ACIME – Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, a Caritas organizou uma formação onde se reflectiu sobre o acolhimento dado aos emigrantes e sobre a educação intercultural. Foi discutida a importância deste tema “porque cada vez mais é uma realidade com que os técnicos se debatem, cada vez mais contactam com emigrantes no seu dia a dia e é importante falar sobre a interculturalidade e o choque de culturas” afirma Maria Luísa Correia. Uma forma criativa de juntar diferenças culturais foi o almoço partilhado “característico deste encontro, onde cada participante leva uma iguaria tradicional da sua diocese de origem” explica Maria Luisa Correia.