Prioridade da Cáritas diocesana A Cáritas diocesana de Setúbal promoveu nos passados dias 3 e 4 de Maio as suas jornadas, subordinadas ao tema “Uma sociedade criadora de emprego – o caso da península de Setúbal”. A intenção da organização católica é fazer de Setúbal “uma região mais justa e fraterna, mais responsável e solidária”, procurando definir estratégias que visem a criação de mais emprego. Ao longo destes dois dias de trabalho emergiu como prioridade que “todos tenham acesso a um posto de trabalho”. O presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal, Eugénio da Fonseca revelou que “nos últimos seis anos os desempregados de longa duração têm vindo a diminuir nesta região, passando de 44,1% em 2000 para 38,4% em Janeiro de 2006”, embora o mesmo não aconteça no que toca aos jovens com qualificações académicas, cujo número de desempregados aumentou de “4,7% em 2000 para 8,2% em Janeiro de 2006”. A formação “orientada para o empreendedorismo e não apenas para o trabalho por conta de outrem” é também uma medida importante para a criação de emprego, afirmou Eugénio da Fonseca. Francisco Sarsfield Cabral, director de informação da Rádio Renascença, defendeu que a criação de emprego passa pelas “pequenas soluções”, acenando também à abertura da Europa aos imigrantes e à a necessidade de se conjugar o trabalho com a família. Rogério Roque Amaro, economista e docente no ISCTE falou na importância de uma economia “competitiva, mas sem destruir tudo o resto”, indo ao encontro da vida e da pessoa humana.
