Trabalho: Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa denuncia «ataques» à consagração do «Domingo Livre»

Pandemia e crise económica servem para «justificar» a extensão das horas laborais e a abertura do comércio

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Lisboa, 03 mar 2022 (Ecclesia) – O Movimento de Trabalhadores Cristãos da Europa (MTCE) denunciou “ataques” que associações patronais, retalhistas e partidos políticos realizam contra o ‘Domingo livre’.

“Estes ataques utilizam agora a crise económica provocada pelas restrições pandémicas para justificar uma extensão geral da semana de trabalho para as 60 horas e uma autorização temporária de trabalho aos domingos e feriados públicos”, refere a organização, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Os organizadores dão o exemplo da Alemanha, que limita o “número de domingos em que o comércio está aberto”, em momentos especiais e opõem-se à ideia de que “perdas causadas pela pandemia podem ser compensadas o mais rapidamente possível, aumentando a carga de trabalho e abrindo o comércio sem restrições”.

O Dia Internacional do Domingo Livre de Trabalho celebra-se hoje, relembrando que em 2022 se assinalam “1701 anos sobre o Decreto do Imperador Romano Constantino que estabelecia o Domingo como o Dia de Descanso, em todo a extensão do Império Romano”.

O Movimento Operário Católico manifesta uma “profunda preocupação sobre o futuro do domingo livre” e quer insistir, “junto dos poderes políticos” para que se continue a aplicar a lei que protege o domingo como um dia de descanso.

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“Este movimento pelo Domingo Livre representa não apenas os simpatizantes do Movimento de Trabalhadores Cristãos da Alemanha, mas inúmeras pessoas que veem o Domingo como um símbolo de uma vida moldada em liberdade e autodeterminação”, pode ler-se.

Numa ação simbólica, o Movimento de Trabalhadores Cristãos da Alemanha apresentou a “maior manta de piquenique do mundo”, feita por membros e apoiantes da causa.

“Cobrindo uma área de 300m², consiste em pelo menos 1701 peças de tecido concebidas individualmente sobre o valor e fascínio do domingo livre”, apresentam, indicando “1701 boas razões para continuar a viver o Domingo, como o dia do descanso”.

LS

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Agência ECCLESIA

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