Trabalho: Empresários devem renunciar ao «quero, posso e mando», diz Liga Operária Católica

LOC/MTC quer que trabalhadores sejam «destinatários dos lucros das empresas ou informados sobre a sua aplicação»

Lisboa, 29 mar 2012 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica considerou hoje que os empresários devem renunciar ao estilo do “quero, posso e mando”, substituindo-o por uma maior participação aos trabalhadores na gestão das empresas, o que atenuaria o recurso aos despedimentos.

“Há necessidade de maior diálogo entre gestores/empresários e trabalhadores para que, com o envolvimento de todos, se superem os desafios colocados às empresas e não seja necessário o despedimento”, sublinha um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Os dirigentes da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) pretendem que os trabalhadores “sejam também destinatários dos lucros das empresas ou informados sobre a sua aplicação”.

O texto frisa que deve ser permitido aos empregados “envolverem-se mais na vida das empresas” e terem acesso à informação sobre o seu “estado financeiro real”, para que “assumam as dificuldades” e “se sintam motivados a superá-las”.

A LOC/MTC defende a mudança das regras dos acordos de concertação social, “cujas propostas vêm sempre de cima e longe das realidades das empresas”, de forma a que “os trabalhadores, através dos seus representantes, sejam ouvidos e se sintam participantes”.

As propostas foram divulgadas após os três encontros formativos que a Liga Operária organizou em março para procurar respostas às “situações de desemprego massivo”, ao “trabalho cada vez mais precário e mercantilizado” e às “migrações e mobilidade a que os trabalhadores e suas famílias estão cada vez mais sujeitos”.

As sessões, que juntaram 400 pessoas, incluíram intervenções dos economistas Rogério Roque Amaro e Abel Pinto, bem como do presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Alfredo Bruto da Costa.

RJM

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