Presidente da Cáritas Portuguesa faz balanço da ajuda na Ilha da Madeira
O presidente da Cáritas Portuguesa enalteceu o trabalho em rede, estabelecido desde a primeira hora, na ajuda aos desalojados da intempérie que assolou a Madeira no passado dia 20 de Fevereiro.
“Aqui, na Madeira, por causa desta desgraça, está-se a trabalhar numa articulação como deve ser”. Se o contrário acontecesse significaria “um caos”, “a falta de rentabilização dos recursos disponíveis”, afirmou o presidente da Cáritas Portuguesa.
Eugénio Fonseca, que se deslocou à Ilha da Madeira para avaliar a ajuda prestada, encontrou-se com o secretário regional dos Assuntos Sociais. No final da reunião, o Presidente da Cáritas Portuguesa afirmou “que estão todos de mãos dadas” na construção da Madeira “o que é de louvar”.
O trabalho de ajuda aos desalojados e de reconstrução vai ainda ser demorado. “A procissão ainda vai no adro”, referiu ainda Eugénio Fonseca, admitindo que “há ainda muita coisa por identificar”. Aquilo que está sinalizado, a Cáritas vai já atacar. Eugénio Fonseca considera que “primeiro devem entrar os fundos públicos e, depois, os da solidariedade porque como sabem há promessas até da própria União Europeia para ajudar determinadas áreas de intervenção na Madeira”.
Na reunião que o presidente da Cáritas Portuguesa manteve com o secretário regional dos Assuntos Sociais “ficou acordado que estamos na fase de ajuda às pessoas por forma a que, quando tiverem o seu alojamento, possam também ter os seus utensílios domésticos para poderem habitar em condições humanas nas casas que lhes forem atribuídas”, adiantou. Depois, conforme acrescentou, “não vamos descurar os cuidados com as crianças, a protecção dos mais velhos e, se houver condições para isso, incentivarmos aqueles que não tinham trabalho e que foram apanhados por esta desgraça, a criarem o seu próprio trabalho”. Não estão, ainda contabilizados, os casos prioritários, conforme admitiu Eugénio Fonseca.
Essa contabilização está a ser feita em articulação com a Segurança Social da Madeira por forma a que seja feito um cruzamento de informação. Isto porque temos de evitar oportunismos”, defendeu o Presidente da Cáritas Portuguesa.
Com Jornal da Madeira