Trabalhar mais para Verão sem fogos

Pároco de São Pedro do Sul pede maior prevenção, no rescaldo do maior incêndio deste ano

Depois de cinco dias de luta contra as chamas, o trabalho realizado por mais de 500 bombeiros, apoiados por 119 veículos e 4 meios aéreos, deu finalmente os seus frutos.

O incêndio de São Pedro do Sul, considerado o maior do ano, até agora, afectou sobretudo a área florestal das serras da Arada e da Gralheira. Foi considerado extinto na manhã do dia 10, mas ainda chegou a ameaçar as povoações.

O padre Carlos Ferreira e Cunha, pároco de São Pedro do Sul, defende que “deveria haver um plano mais eficaz, por quem governa, para prevenir esta situação”, acrescentando ainda que “parece haver a ideia, a nível nacional, de que temos de levar com os fogos no Verão”.

“Às vezes, só abrimos os olhos quando acontecem coisas mais graves”, considera o sacerdote, aproveitando para lamentar “a morte de um bombeiro e o facto de outro se encontrar ferido”, na acção de combate às chamas.

A vítima mortal, um homem de 50 anos, e o ferido, de 25 anos, integravam a corporação de bombeiros de Alcobaça. No dia 9, a viatura pesada onde seguiam teve um acidente, na zona de Candal.

Graças ao esforço dos bombeiros, o fogo não chegou às casas mas “uma zona de campismo teve de ser evacuada, por prevenção”, adiantou ainda o sacerdote.

Nesta altura, apesar do pior já ter passado “ainda se continuam a ver alguns reacendimentos”, por isso toda a atenção é pouca, ressalva o prior de São Pedro do Sul.

Segundo um balanço provisório, efectuado pelo presidente da câmara local, Rodrigues de Figueiredo, terão ardido na região de São Pedro do Sul mais de 3 mil hectares de floresta.

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Agência ECCLESIA

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