A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) tornou pública a sua adesão à “jornada de luta” de 24 de Novembro, dia de greve geral.
“É fundamental, neste momento de incertezas e angústias para a vida dos trabalhadores e cidadãos mais pobres deste país, que todos nos sintamos corresponsáveis nesta vontade de participar numa dinâmica de mudança de paradigma”, indica comunicado do Movimento, enviado à Agência ECCLESIA.
Os coordenadores e o assistente nacionais da LOC/MTC sublinham as “graves consequências na vida dos trabalhadores” da “globalização económica e financeira desregulada, convertida numa crise estrutural” que tem levado à perda de milhões de empregos.
“A inversão da ordem dos valores da democracia, que coloca os interesses económicos e a especulação financeira acima da dignidade e dos direitos das pessoas, agrava as condições de vida dos cidadãos e das suas famílias, alargando ainda mais as assimetrias económicas”, indica o comunicado.
Convocando os trabalhadores cristãos para a greve geral, a LOC/MTC assinala que “com a participação cívica, com a capacidade de luta dos trabalhadores e com a união nas ideias e nas acções é possível travar as políticas económicas e sociais em curso”.
“Desejamos que desta jornada de luta renasça nos trabalhadores a necessidade de fortalecer a sua participação activa nas estruturas sindicais”, conclui o comunicado assinado por Fátima Almeida, José Rodrigues e o padre Emanuel Vaz.
O texto cita a encíclica Laborem Exercens, texto de João Paulo II sobre o mundo do trabalho, em que o Papa polaco assegurava que “a união das pessoas para garantir os direitos que lhes pertencem permanece como um factor construtivo da ordem social e da solidariedade, factor do qual não se pode prescindir”.
Tanto os dirigentes nacionais da CGTP e da UGT, como os associados regionais ambicionam tornar a greve geral de 24 de Novembro a maior alguma vez realizada, superior à de 1988, a única que reuniu as duas intersindicais.