O padre e poeta madeirense José Tolentino de Mendonça é um dos finalistas da edição deste ano do Prémio Literário Casino da Póvoa. Urbano Tavares Rodrigues, José Miguel Silva, António Mega Ferreira e Nuno Júdice são alguns dos doutros dez finalistas do Prémio, no valor de 20 mil Euros, cujo vencedor será conhecido dia 7 de Fevereiro. A distinção é atribuída nos anos ímpares à categoria poesia e nos anos pares à prosa, integra-se no encontro de escritores de expressão ibérica Correntes d’Escritas, que se realiza este ano pelo oitavo ano consecutivo na Póvoa de Varzim, de 7 a 10 de Fevereiro. Este é o único prémio em Portugal que se destina simultaneamente a escritores portugueses e espanhóis, e dos espaços onde o português, o espanhol, castelhano ou outro idioma hispânico são línguas oficiais. José Tolentino de Mendonça concorre com a obra “A estrada branca”. O primeiro poeta que venceu este galardão, em 2005, foi António Franco Alexandre, com “Duende”. Nascido no ano de 1965, em Machico, Tolentino Mendonça estudou no Seminário diocesano do Funchal e na Universidade Católica, em Lisboa, e foi ordenado sacerdote em Julho de 1990, por D. Teodoro de Faria. Prosseguiu os estudos superiores em Roma, tendo desempenhado ainda o cargo de Reitor do Colégio Pontifício Português. Poeta de eleição, José Tolentino Mendonça tem vários títulos publicados. Além dos livros de poemas – (“Os Dias Contados”, 1990; “Longe Não Sabia”, 1997; “A que Distância Deixaste o Coração”, 1998) e do ensaio “As Estratégias do Desejo: Um Discurso Bíblico sobre a Sexualidade” (1994), “Baldios”,(1999) – Tolentino Mendonça é autor de uma elogiada tradução do “Cântico dos Cânticos” (1997) e de “Salmos”, entre outros títulos. Em 2004, o Pe. Tolentino Mendonça foi distinguido com o Prémios Literários do P.E.N. Clube Português para prosa pela sua obra “A construção de Jesus” (Ed. Assírio & Alvim).