Presidente da mais recente Conferência Episcopal lusófona diz que a criação deste organismo é um «reconhecimento» por parte do Vaticano
Fátima, Santarém, 18 abr 2012 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal de Timor-Leste (CETL) disse hoje à ECCLESIA que a Igreja Católica continua a ser “o polo de união e de unidade” nesse país lusófono.
D. Basílio do Nascimento disse ainda que o catolicismo “é um pilar de reconhecimento e de identidade do povo timorense”.
Falando à margem dos trabalhos da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, onde participa como observador, o bispo de Baucau referiu que a criação, pela Santa Sé, da Conferência Episcopal em Timor, a 28 de março, “é um reconhecimento”.
O novo organismo vai aumentar o nível de “representatividade” da Igreja Católica timorense, que “começa a ter voz, não só a nível interno mas também a nível externo”, sublinhou D. Basílio do Nascimento.
Segundo este responsável, o papel social da Igreja timorense é “bem visível”: na Diocese de Baucau existem 83 escolas católicas o que “implica uma população de 37 mil estudantes”.
“Através das escolas, a Igreja pode dar um contributo fabuloso da solidificação da sociedade timorense”, prossegue.
Em relação ao futuro deste país lusófono, o prelado adiantou que existem riquezas naturais suficientes, mas faltam “riquezas de miolos”.
O presidente da CETL adiantou também à ECCLESIA que “estão a decorrer as negociações entre o Estado timorense e o Vaticano para a Concordata”.
O bispo de Baucau foi eleito presidente da Conferência Episcopal, tendo como vice-presidente o bispo de Díli, D. Alberto Ricardo da Silva, e como secretário-geral D. Norberto do Amaral, bispo de Maliana, a terceira e mais recente diocese de Timor-Leste, erigida em 30 de janeiro de 2010.
OC/LFS