Madre Teresa de Calcutá é considerada um exemplo pelos budistas tibetanos, revelou Samdhong Rinpoche, que em 2001 foi eleito primeiro-ministro pelos civis no exílio.
Em declarações à Agência AsiaNews, o tibetano defende que Madre Teresa “representa o amor sem distinções e a compaixão por toda a humanidade”.
Para o budismo tibetano, continua “Madre é a incarnação de «Maha Karuna», a compaixão sem medida”.
O político de 71 anos, exilado na Índia desde 1959, devido à repressão do governo chinês, associa-se às comemorações dos 100 anos de nascimento de Madre Teresa de Calcutá, dizendo que “ela mudou a face do sofrimento humano, tocou nos mais pobres dos pobres e deu-lhes dignidade e uma razão para viver”.
“Nós amamos a nossa família, os amigos” continua ainda “mas o amor de Madre Teresa é o amor divino por todos os humanos. E ela expressou esse amor através da humildade do seu serviço”.
Samdhong Rinpoche fala ainda do relacionamento de Madre Teresa com o Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos.
“Ele tinha o mais profundo respeito por ela. Depois de a ter conhecido, disse que Madre Teresa era um exemplo de uma pessoa cheia de compaixão. Foram muitas as vezes que ele disse aos monges budistas para que seguissem o seu exemplo”, revela aquele responsável.
Recorde-se que, em Abril passado, o Dalai Lama já se tinha deslocado à Índia, à Universidade Aberta de Indira Gandhi, em Nova Deli, para dar uma conferência sobre Madre Teresa, intitulada “Maternidade e Compaixão”.