Tibães reinicia recuperação do Mosteiro

A Direcção Regional do Porto do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e o Grupo Casais assinaram ontem o contrato das obras de recuperação e reabilitação do noviciado, ala sul e claustro do refeitório do Mosteiro de Tibães, Braga, cujo custo total está fixado em 3.605.013,09 euros (com IVA). Com 22 dias úteis para efectuar a consignação da obra, os responsáveis garantem que a empreitada arranca em Julho e termina num prazo de dois anos. O arquitecto do IPPAR/ Porto responsável pela obra disse ao Diário do Minho que, depois da apresentação pública do projecto, que contou, em Janeiro último, com a presença da ministra da Cultura, «a grande novidade se refere ao arranque no próximo mês de Julho da recuperação [do Mosteiro] ». João Carlos dos Santos explicou ainda que «tudo vai seguir os trâmites normais, como, por exemplo, o envio do projecto para o Tribunal de Contas». Tal como o DM avançou no início deste ano, paralelamente às obras, vai decorrer uma exposição que servirá de suporte às acções de conhecimento e divulgação do projecto junto do visitante e, de forma especial, da comunidade local, que consistirá, para além da mostra da maqueta do Mosteiro, num conjunto de imagens virtuais e reais das obras para ilustrar a sua evolução. Uma grande parte do Mosteiro vai ficar vedado ao público por causa dos trabalhos. A mostra serve, assim, para que os visitantes possam coabitar com a empreitada e vislumbrar o resultado final, que deve permitir uma melhoria dos percursos museológicos e uma progressiva capacidade de atribuição a cada espaço da sua antiga função. O administrador da empresa vencedora do concurso mostrava-se ontem «muito satisfeito». António Casais explicou ao DM que, «ao lado do cemitério da freguesia, vai ser criado um acesso especial de ligação às traseiras do edifício por causa dos trabalhadores». Para além disso, «como essa zona é constituída por muitas peças antigas que têm que ser preservadas, vai-se proceder à numeração e desmontagem dos respectivos módulos, para serem repostos no final da intervenção no mesmo local». Porém, o grande desafio encontra-se no escoramento das fachadas, que, de acordo com o responsável, apresentam sinais de alguma degradação». Estas devem merecer por parte da Divisão de Restauro do Grupo Casais, coordenada pelo engenheiro Rui Ribeiro, uma «atenção redobrada», pois «é importante que as fachadas se mantenham na posição correcta». O facto dos estaleiros da empresa se encontrarem nas proximidades do Mosteiro também se tornou num «aspecto apetecível», referiu António Casais, cujo Grupo sofreu a concorrência na adjudicação da obra de 16 construtoras.

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