Testemunho de fé além fronteiras

Qualquer que seja a data, os portugueses manifestam a sua ligação a Fátima, “ainda mais quando se encontram fora da terra natal”. Independentemente do aniversário de celebração, a mensagem de Fátima “não é esquecida entre as comunidades imigrantes”, sublinha à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino. O Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana este junto da comunidade portuguesa em França na Festa de Nossa Senhora de Fátima da diocese de Ivry-Corbeil-Essonnes, entre os dias 2 e 13 de Maio. A sua identidade é reforçada, “muitos até que não estão ligado à comunidade praticante, se juntam e participam nas maniftações”, explica. De Paris, D. António Vitalino rumou ao Luxemburgo para celebrar a Festa da Ascensão e peregrinação da comunidade portuguesa do Luxemburgo ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Wiltz. Também aqui pode acompanhar a devoção mariana que os portugueses manifestam. “Como portugueses sentem uma ligação muito forte a Nossa Senhora” e estas celebrações são momentos onde os portugueses se juntam às suas famílias “que fazem uma viagem para se juntar aos seus nestas datas”, explica o bispo de Beja. Os próprios bispos locais “ficam admirados com estas manifestações”. Este ano, D. António Vitalino adianta que, “nas celebrações no Luxemburgo se juntaram as máximas autoridades civis”. Mas a alegria é redobrada quando a celebração conta com a presença de alguém “da sua terra. Para as gerações mais velhas há sempre algo a lembrar as raízes, seja a linguagem, os costumes religiosos, ou os gestos, as pessoas recordam a sua infância e juventude que faz nascer um sentimento forte de pertença, tão necessário entre os imigrantes”, sublinha D. António Vitalino. Também este fim de semana D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu e D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro deslocaram-se à Alemanha. D.Serafim Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria-Fátima esteve em França. Uma vez que estão deslocados, estas cerimónias são momentos muito importantes para os portugueses. “Encontram uma identidade a somar à devoção mariana que têm”. Ir ao encontro das comunidades portuguesas é uma forma de perceber que “os portugueses se juntam para manifestar a sua fé”. Nem todas as comunidades estão organizadas, mas “de uma forma geral, os portugueses são um testemunho de fé para os próprios nativos”, finaliza.

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