Testemunhas da alegria cristã

D. Carlos Azevedo pede à comunidade estudantil que «demonstre a alegria do Cristianismo» No início do ano lectivo, a Pastoral Universitária de Lisboa, organizou, na tarde de Quinta-feira, a missa das universidades, este ano presidida por D. Carlos Azevedo, na Igreja da Graça. O Bispo auxiliar de Lisboa quis, com a comunidade estudantil, reflectir sobre a alegria própria de quem é livre, e livre se sente, para viver a liberdade dos cristãos. A missa das universidades quer “reforçar a esperança no início do ano académico em conjunto”, aceitando a proposta que a pastoral universitária faz – «Sejam alegres, procurem a perfeição, animem-se uns aos outros». Questiona o Bispo auxiliar se haverá motivos para a alegria, no mundo em que vivemos. “Será possível a alegria quando a pobreza aumenta, cresce a insegurança no futuro, se multiplicam agressões violentas, quando estamos ao lado de vidas infernizadas, quando a natureza sofre atentados”, questiona. Será que a alegria está reservada só a “aristocratas do poder, a dominadores ou a gozadores do imediato, sôfregos da diversão?” Mas o “divertimento, distracção e prazer são espaços para folgar e fugir da realidade, que conduzem à ressaca e não à alegria que ninguém pode tirar”. D. Carlos Azevedo indica que “só se pode ser feliz na liberdade. Só a libertação do que nos oprime, nos pesa, nos amarra, permite despontar a alegria”. “Muitas vezes a alienação fascina e impede o acesso à verdade da vida”. Indica o bispo auxiliar de Lisboa que, não poucas vezes, “as férias ou folgas destinam-se a render melhor no trabalho, a suportar melhor a escravatura”, em vez de se destinarem a “melhorar a qualidade do tempo livre”. Pede D. Carlos Azevedo à comunidade estudantil que este ano “demonstrem, para cada um e cada uma, que o cristianismo não é um desmancha-prazeres”, pois, indica o Bispo, “viver como cristão é sentir o convite a uma alegria que parte do ser”. “A alegria não é para os incapazes de sentirem a dor dos outros, para os que não se compadecem, não se afligem, se alienam e enganam, se esquecem dos males”. O Bispo auxiliar aponta que a dimensão espiritual e contemplativa da vida “não é válvula de escape para o sufoco e as agressões do dia-a-dia”. “O espaço de liberdade, criado no silêncio orante, permite recuperar a autêntica alegria que não ofende, nem provoca a tristeza de ninguém, antes faz sua a tribulação do irmão”. “A glorificação de Deus consiste na alegria diante da vida, no prazer descontraído que retira da vida finita e limitada, a participação mais profunda na alegria infinita do Criador”. Notícias relacionadas Homilia na Missa das Universidades, em Lisboa

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top