Depois de Ferreira do Alentejo, festival de música sacra apresenta-se com nova proposta em Sines
Ferreira do Alentejo, 30 mai 2017 (Ecclesia) – O Festival ‘Terras Sem Sombra’ aproxima-se do fim e o seu diretor-geral mostra-se satisfeito pelo acolhimento das propostas desta edição, após a passagem por Ferreira do Alentejo, com sons de Portugal e Espanha.
“A temática escolhida, a espiritualidade na arte, ajustou-se muito à realidade da nossa região”, disse José António Falcão à Agência ECCLESIA, após orientar uma visita ao centro de Ferreira do Alentejo.
O diretor-geral explica que o povo alentejano tem “um grande interesse pela música sacra” e pela arte religiosa em geral.
Ao longo da 13.ª edição do ‘Terras Sem Sombra’, os promotores têm encontrado “um público francamente entusiasmado com os intérpretes e reportórios escolhidos”.
Para além das comunidades locais, que “reforçam a sua presença”, o público internacional “está a aderir” e as igrejas “começam a ser pequenas”.
José António Falcão realça que o festival, uma iniciativa da sociedade civil, envolve em primeiro lugar o património religioso.
O presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, que neste sábado e domingo recebeu o ‘Terras Sem Sombra’ pela segunda vez, considera o evento de “assinalável importância” e recorda que em 2016 tiveram um “retorno da população muito positivo”.
“Ferreira é, nesses dias, a capital cultural do Baixo Alentejo e dá-nos particular satisfação”, salientou Aníbal Reis Costa.
O presidente do município assinala que a itinerância do festival permite iniciativas culturais descentralizadas, o que dá um “contributo significativo” para que as pessoas possam conhecer o “património todo e a enorme potencialidade que território possui”.
A igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção, em Ferreira do Alentejo, acolheu o concerto ‘Um Espaço Comum: Aspetos da Tradição Lírica em Portugal e Espanha’, com a presença da mezzosoprano estremenha Elena Gragera e do pianista catalão Antón Cardó na noite de sábado.
“O festival está muito bem organizado, a parte da música como da natureza, unir tudo é maravilhoso”, realçou Elena Gragera, considerando “muito importante, muito inovador” estas interligações.
“Até agora tivemos muita sorte e saiu tudo muito bem, os concertos com nível de interpretação extraordinário e com grande interesse no que se está a oferecer”, acrescentou o diretor artístico Juan Ángel Vela del Campo.
‘Ilustre, mas Ainda Desconhecido: Para um Diagnóstico do Rio Sado’ foi a proposta para a ação de salvaguarda de biodiversidade na manhã de domingo.
O Festival ‘Terras Sem Sombra’ regressa com nova proposta este sábado e domingo, em Sines, e passa ainda por Beja (17 e 18 de junho), terminando a 2 de julho.
HM/CB/OC