Em relação à comunidade católica duplicaram as entradas no início deste ano
Cidade do Vaticano, 05 fev 2018 (Ecclesia) – O Vaticano deu hoje conta de um aumento “recorde” no número de peregrinações à Terra Santa no mês de janeiro.
Numa nota publicada através do portal ‘Vatican News’, a Santa Sé salienta uma tendência positiva que começou em 2016 e que se tem mantido ao longo dos últimos anos “apesar das tensões na região”, com especial destaque no início de 2018.
Se em janeiro de 2017, tinham acorrido aos santuários de Jerusalém pelo menos “529 grupos”, num total de “16 mil peregrinos”, este ano as estatísticas são ainda mais positivas, com “770 grupos” e um número global de “26 mil peregrinos”.
Os dados são provenientes do Centro de Informação Cristã (CIC), um organismo da Custódia da Terra Santa, e confirmam o panorama evolutivo que já tinha sido apontado por outros organismos.
Como o Serviço Central de Estatística de Israel, que deu conta da entrada ao longo de 2017 de mais 23 por cento de peregrinos (num total de 3 milhões e 611 pessoas), relativamente ao ano anterior.
Quanto a outros dados avançados pelo CIC, pode ler-se que “o número de católico” a entrar na Terra Santa “duplicou” no início deste ano, uma tendência que é notada também em membros “de outras denominações cristãs que pedem para rezar nos santuários”.
Refira-se que estes dados “não levam em consideração os milhares de peregrinos ortodoxos que visitaram a Terra Santa para as férias de Natal” e que ali participaram nas missas “celebradas em janeiro”.
A Basílica do Santo Sepulcro é referida como um dos locais onde se constatou esse “aumento” do número de peregrinos.
No que diz respeito à origem dos peregrinos no início deste ano, a maior parte das pessoas que tem chegado é proveniente da Ásia.
Quanto aos dados anuais, aqui ainda referentes a 2017, os Estados Unidos da América ocupam o primeiro lugar em termos do número de peregrinos (778 800), seguidos da Rússia (331 500) e da Alemanha (218 100).
O primeiro país a aparecer depois do pódio é o Reino Unido, com 198.500 peregrinos a seguirem para a Terra Santa, no ano transato.
A Santa Sé considera que estes indicadores são sinal de que “surtiram efeito” os “apelos” feitos ao longo dos últimos meses, para que as pessoas não tenham medo de acorrer à Terra Santa e celebrar a fé com os seus irmãos cristãos perseguidos.
O último apelo tinha partido dos bispos católicos que integram a Coordenação da Terra Santa, organismo que acompanha pela Santa Sé a vivência das comunidades cristãs na região.
Depois de uma visita a alguns dos locais mais afetados pelo conflito entre Israel e a Palestina, aqueles responsáveis lembraram a importância que as peregrinações têm para a sustentação e apoio das comunidades locais.
Já antes, apelos semelhantes tinham sido lançados pela voz do Custódio da Terra Santa, o padre Francesco Patton, e do administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, D. Pierbattista Pizzaballa.
JCP