Terra Santa: Presença dos cristãos é «prova» da ressurreição

«Não se vê o ressuscitado, mas encontram-se muitos sinais da ressurreição»

Tiberiades, Israel, 11 abr 2015 (Ecclesia) – O diretor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa afirmou que, em Israel, é necessário compreender a identidade do cristianismo e que a “capacidade transformadora” dos primeiros cristãos e a resistência dos atuais “são testemunhos do ressuscitado”.

“Vemos a ressurreição das comunidades, a transformação das pessoas, a capacidade de agregar, de atrair e de transformar. Em muitos lugares bíblicos  sentimos que a transformação acontece pela força do ressuscitado”, disse o padre João Lourenço à Agência ECCLESIA.

Para o biblista, acreditar na ressurreição é inserir-se na “cadeira de fé” da “capacidade transformadora” das primeiras comunidades cristãs.

“É esse testemunho que constituiu a cadeia de fé que chegou até nós. Nós somos herdeiros desse testemunho, dos que acreditaram sem terem visto: acreditamos pelo testemunho daqueles que viram”, sustenta o diretor da Faculdade de Teologia.

Para o padre João Lourenço, que guia uma peregrinação à Terra Santa promovida pela Faculdade de Teologia e pela Ecclesia, a melhor forma de ajudar os cristãos que permanecem nos locais bíblicos é visitá-los para lhes sizer que “há tanta gente que precisa da força heróica deles para continuar a poder chegar ao tempo do Jesus”.

O diretor da Faculdade de Teologia considera que estar com os cristãos da Terra Santa é “continuar a sentir a força do ressuscitado no testemunho deles”, que precisam também de ser ajudados materialmente para “sobreviver às vicissitudes”.

Para o padre João Lourenço, o facto da Terra Santa ser uma região de conflitos, “provocados por vezes para afastar os cristãos”, “empalidece a presença da fé cristã e a sua presença renovadora”.

“Se houvesse uma compreensão de fenómeno religioso e da identidade religiosa em relação ao cristianismo, poderiam existir mais projetos promovidos pela Igreja Católica, nomeadamente de índole social”, referiu o diretor da Faculdade de Teologia.

O padre João Lourenço recorda que “no berço do cristianismo é difícil ser cristão” e é ainda “mais difícil ainda manifestar-se” como cristão.

A peregrinação à Terra Santa promovida pela Faculdade de Teologia e pela Ecclesia decorre até quinta-feira e está a levar 42 pessoas a percorrer “os passos de Jesus”.

PR

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Agência ECCLESIA

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