Responsáveis locais escolheram pessoas que sofrem por razões políticas ou sociais
Lisboa, 25 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco almoça hoje com famílias palestinas, escolhidas entre a população que sofre por “razões políticas ou sociais”, explicaram os responsáveis católicos locais.
O almoço decorre na ‘Casa Nova’, anexa ao Convento Franciscano, após a Missa na Praça da Manjedoura, em Belém, durante o segundo dia da visita à Terra Santa, que se prolonga até segunda-feira.
D. William Shomali, bispo auxiliar do Patriarcado Latino de Jerusalém, precisa que o objetivo do Papa é “passar algum tempo com as famílias pobres de Belém e com os seus filhos para ouvir as suas vozes, testemunhar a cada um a sua proximidade e ternura”.
“Ele não quis almoçar com os cardeais, com os bispos, com os políticos, mas com famílias pobres”, acrescenta.
Nesse sentido, foram escolhidas pessoas que “sofrem por razões humanitárias, políticas ou sociais".
D. William Shomali adianta que uma família vem de Ikrit, aldeia do norte da Galileia, que foi “evacuada e arrasada em 1948 pelo exército israelita” e para a qual, até hoje, os cristãos não puderam regressar.
Outra faz parte das 58 famílias com terrenos na zona de em Beit Jala, que ficarão do outro lado do muro de separação projetado por Israel, e, portanto, inacessíveis aos seus proprietários.
Uma família representa todos os que lutam pelo “reagrupamento familiar”, dado que segundo a lei israelita “é difícil dar ao cônjuge palestino um visto de residência permanente em Jerusalém”.
Outra família tem um filho condenado a prisão perpétua e outra vem de Gaza, que é “uma grande prisão”, refere o bispo auxiliar.
Entre os presentes conta-se também um jovem de Beit Jala, que não consegue obter o seu documento de identificação, e um ex-toxicodependente.
Algumas famílias falam italiano, outras espanhol e estará também presente um religioso argentino, que fala árabe.
OC