Catarina Martins, presidente do Conselho de administração da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) diz que «todos temos o dever de os ajudar a não emigrar»
Lisboa, 10 mai 2014 (Ecclesia) – Catarina Martins, presidente do Conselho de administração da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), afirma no semanário Ecclesia desta semana que os cristãos na Terra Santa estão a diminuir.
“A comunidade de cristãos na Terra Santa é cada vez mais pequena”.
“Podemos dizer que em Jerusalém e na Cisjordânia são talvez uns 50 mil numa população global de 3,5 milhões. Ou seja, não mais de 2%”, refere.
Num artigo dedicado à Terra Santa e à realidade complicada que lá se vive Catarina Martins destaca Belém como um local de muitas dificuldades.
“Por causa dos conflitos que há na região, e por uma questão de segurança, Israel construiu à volta de toda esta região um muro gigantesco de cimento, com cerca de oito metros de altura. Este muro isola os palestinianos, mas também os cristãos que vivem ali”, diz a presidente da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre.
Muitos cristãos pedem ajuda à Fundação AIS porque ficam separados da família ou agricultores que ficam com terrenos divididos pelo muro.
Catarina Martins refere a pobreza vivida pelas famílias cristãs e que muitas pensam em emigração.
“Os Cristãos em Belém vivem do turismo e da manufactura de artigos religiosos. É preciso dizer que a maior parte destas famílias vivem numa grande pobreza”.
“Não é possível imaginar a Terra Santa sem cristãos. Temos todos o dever de os ajudar a sobreviver e a não emigrar!” conclui.
SN