Francisco vai almoçar com famílias palestinas e visitar campo de refugiados
Lisboa, 25 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa foi recebido por milhares de cristãos em Belém, com 'lotação esgotada' para a Missa a que vai presidir na Praça da Manjedoura, com a presença de católicos e ortodoxos.
Cinco anos depois de terem recebido Bento XVI, os palestinos acolheram Francisco pelas 09h30 de domingo (menos duas em Lisboa), vindo de Amã em helicóptero, sobrevoando o muro de separação junto do qual presidirá à Missa.
“Não temos mais bilhetes de entrada para a praça, que terá 9 a 10 mil pessoas, nunca houve tanta gente neste pequeno espaço. Isso mostra que há uma grande expectativa, não só dos católicos mas também dos ortodoxos”, refere à Rádio Vaticano o vigário do Patriarcado Latino de Jerusalém, D. William Shomali.
O prelado dá como exemplo o “entusiasmo” em Gaza, onde há apenas 200 católicos: as autoridades emitiram 700 autorizações a cristãos de várias confissões que queriam ver o Papa em Belém.
A celebração vai ter como pano de fundo uma obra de arte de 14 metros de comprimento por seis de largura: uma tela com o presépio, no qual figuram Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, bem como São Francisco de Assis.
Francisco será o primeiro Papa a falar do ‘Estado da Palestina’, denominação adotada pelo Vaticano para referir-se ao território e aos seus responsáveis políticos.
Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, recebeu o Papa antes do encontro no palácio presidencial de Belém.
O itinerário sublinha a posição favorável à solução de dois Estados, Israel e Palestina, defendida pela Santa Sé e apresenta uma novidade: pela primeira vez, um Papa vai entrar em território palestino sem ter passado previamente por solo israelita.
OC