População em Gaza está há um mês «sob cerco e privada de água, alimentos, medicamentos e combustível»
Roma, 11 nov 2023 (Ecclesia) – A Caritas Internationalis apela ao cessar-fogo na Terra Santa, para que as pessoas sejam protegidas, se garanta o “acesso humanitário e o respeito pelo direito internacional” e libertem todos os reféns.
“Através da nossa humanidade comum, todas as vidas humanas são igualmente sagradas e nenhuma pode ser descartada como um dano colateral necessário”, afirmou Alistair Dutton, Secretário-Geral da Caritas Internationalis, uma confederação que reúne as Cáritas nacionais.
O responsável quis recordar o “imperativo” respeito pelo “direito internacional humanitário” que prevê a “distinção entre civis e combatentes”, pedindo que o acesso humanitário posso chegar à população em Gaza, “que se encontra sob cerco e privada de água, alimentos, medicamentos e combustível há quase um mês”.
No dia 7 de outubro, um ataque contra Israel, lançado pelo Hamas – grupo considerado terrorista pela União Europeia –, foi ripostado com ataques aéreos por parte do Governo israelita, que tenta impor um “cerco total” a Gaza, com um balanço que ultrapassa as quatro mil vítimas mortais.
“Todas as pessoas na Terra Santa têm o direito de receber assistência humanitária e todas as partes envolvidas no conflito devem cumprir as suas obrigações para garantir que esta seja prestada”, acrescenta Alistair Dutton.
A Caritas Internationalis pede que todos os pontos de passagem para Gaza sejam reabertos para permitir uma assistência humanitária adequada, dando conta que na Cisjordânia a “situação se deteriora, com ameaças crescentes à vida e ao emprego de civis, detenções arbitrárias e restrições à liberdade de circulação”.
A Confederação internacional pede que tantos os civis como as infraestruturas sejam protegidos e que os serviços essenciais à sobrevivência da população civil sejam “imediatamente restabelecidos”.
“A Caritas junta-se ao Papa Francisco e aos representantes das Igrejas locais no apelo à paz. As consequências humanitárias e em matéria de direitos humanos desta violência serão devastadoras, complexas e duradouras, não só na Terra Santa, mas em toda a região do Médio Oriente. Este conflito tem de acabar imediatamente. Chegou o momento da paz”, pediu ainda Alistair Dutton.
LS