Postuladora da causa de canonização dos pastorinhos afirma a sintonia da pessoa com a mensagem na Cova da Iria
Nazaré, Israel, 14 abr 2015 (Ecclesia) – A postuladora da causa de canonização dos beatos Francisco e Jacinta disse à Agência ECCLESIA que a representação das aparições de Fátima na Basílica da Anunciação, em Israel, mostra uma “marca da identidade crente” de Portugal.
“Não é só Fátima que está representado naquele painel. Temos lá o nosso escudo, temos o anjo que segura o escudo, temos uma coroa que nos faz lembrar a coroação de Nossa Senhora por D. João IV”, referiu a irmã Ângela Coelho, em Nazaré.
A Basílica da Anunciação foi construída durante a década de 60 do século XX no local de anteriores igrejas que evocavam o anúncio do anjo a Maria e tem representações de várias evocações marianas em todo o mundo.
“Todos devíamos vir visitar. Percebemos a dimensão mundial que Fátima alcançou e não é só a importância de Fátima, mas o facto de ter chegado até aqui, chegou ao berço da nossa fé, à encarnação”, afirmou a religiosa.
“Há uma história naquele painel de ligação de Portugal a Nossa Senhora”, observou ainda.
Segundo a postuladora da causa de canonização dos beatos Francisco e Jacinta e vice-postuladora da causa de canonização da irmã Lúcia, a mensagem de Maria em Fátima aponta para o que ela foi em Nazaré, para a “disponibilidade” e o “sim”.
“A missão de Nossa Senhora pelo mundo fora, e Fátima é dos mais significativos nos últimos tempos, vai apontando-nos para aquilo que ela foi em Nazaré: a disponibilidade total à vontade de Deus”, referiu.
“O lugar teológico de Maria começa aqui, ao dizer sim a Deus. E é porque disse sim a Deus, há 2000 e tantos anos, em Nazaré, que ela depois vai a Fátima, na sua missão de continuar a dizer sim à vontade de Deus, porque Fátima acontece pela vontade de Deus, não temos dúvidas disso”, acrescentou a irmã Ângela Coelho.
A visita à basílica da Anunciação inseriu-se na peregrinação que a Agência ECCLESIA e a Faculdade de Teologia estão a organizar à Terra Santa, até quinta-feira.
"Visitar a suposta casa onde habitou, o poço, é perceber que é uma mulher como nós e que é no nosso quotidiano, como foi no quotidiano de Maria, que a História de Salvação se desenha de uma forma tão incrível”, descreve a religiosa.
PR