Maria José Vilaça, membro das Equipas de Casais de Nossa Senhora, proferiu na Madeira uma conferência sobre a “teologia do corpo. O plano de Deus para o amor humano”, segundo discursos catequéticos do Papa João Paulo II. Com a “teologia do corpo”, passa a ter sentido, passa a haver um fundamento antropológico para tudo aquilo que são regras e que, em relação à vida em casal, as pessoas normalmente entendem mais como proibições», salientou ao Jornal da Madeira Maria José Vilaça. Temas como a sexualidade ou a contracepção há muito que deixaram de ser tabu, toda a gente fala, mas nem sempre entende o alcance das propostas da Igreja. Contra os preconceitos, João Paulo II tentou explicar “o amor humano no plano divino”. Maria José Vilaça reconhece a dificuldade desta vivência no mundo actual, em que o casal «é muito susceptível de estar em crise; em que, de forma geral, as pessoas casam um pouco sem saber, mesmo com cursos de preparação, mas a vida quotidiana não ajuda muito e, por isso, é preciso ter as bases e saber que a vontade e o compromisso são mais importantes do que a paixão ou um amor arrebatado». Para esta psicóloga, «é necessário viver também o lado espiritual do casamento; só assim se pode perceber que somos um para o outro, que podemos ser felizes, e não satisfazer as nossas necessidades, utilizando o outro como simples objecto. O mundo à nossa volta orienta-nos mais para as aparências e então tudo o que não é dado facilmente deixa de ter interesse; é uma das “patologias” da falta de vontade, um dos preconceitos que a “teologia do corpo” procura combater», explicou.