Teatro: Atores do «Godspell» assumem desafio de tornar atual a história de Jesus

Mia Rose confessa entusiasmo por participar em musical com a fé como pano de fundo

Lisboa, 04 mar 2015 (Ecclesia) – O musical norte-americano «Godspell», que vai estrear esta quinta-feira em Lisboa, apresentou aos atores o desafio de apresentar de forma atual a vida de Jesus, através das parábolas do Evangelho segundo São Mateus.

A cantora e atriz Mia Rose assinala à Agência ECCLESIA que a história de Jesus, que as pessoas “hão de sempre estudar”, é aqui contada de “maneira diferente”, com músicas de que os espetadores “vão gostar”.

Dez atores estão em palco durante todo o espetáculo para contar a história de Jesus através da dança e da música, ao som do pop e do rock.

Mia Rose confessa que este é um trabalho que lhe está a dar “prazer” e lhe tem permitido aproximar-se de “Jesus e da fé”, apresentando-se como uma pessoa “bastante religiosa”,

O musical «Godspell», ao estilo da Broadway, vai subir ao palco do Teatro Tivoli, numa adaptação da encenadora Matilde Trocado.

A apresentação do espetáculo em Lisboa prolonga-se até ao próximo dia 15; o Teatro Aveirense acolhe a peça a 27 de março.

A jovem atriz Mariana Marques Guedes revela que o musical tem vários desafios, sendo o primeiro tentar passar a mensagem da forma certa que é “de amor”.

Católica assumida, admite o peso da responsabilidade desta participação, porque tem o “dever de saber mais a fundo” a história da peça, e tem tentado levá-la com “mais seriedade”.

O ‘Godspell’ é para Mariana Marques Guedes uma visão da “arte a servir a fé” e explica que é importante passar a mensagem que a fé “não tem de ser chata, difícil e complicada”.

“A fé não tem de ser uma coisa vivida pelos nossos avós ou pela senhoras todas vestidas de preto a rezar o terço, é alegria e boa. Espero que seja um exemplo para que os outros jovens que também acreditam perceberem esta mensagem e amor”, desenvolveu.

O musical escrito por Stephen Schwartz e John-Michael Tebelak estreou na Broadway, bairro de Nova Iorque conhecido pelas suas salas de teatro, em 1971.

Bruno Xavier vai interpretar a personagem de Jesus, apesar de ter feito o casting noutro sentido, pelo que a escolha o deixou em “estado de choque” e com a consciência de desempenhar um papel de “grande responsabilidade”, apesar de todos funcionarem “em grupo” sobre o palco.

O ator revela que pesquisou o “máximo” em documentários, livros, através da internet e tentou “ler bastante nas entrelinhas” ou seja, ver a essência da história.

“Se Ele (Jesus) pisou a terra teve um tom, falava com as pessoas, de certeza que ria, chorava, tinha medo, incertezas, e quis senti-lo mais terreno, esse lado mais humano”, observa Bruno Xavier.

O entrevistado disse que já teve várias perspetivas de Jesus ao longo do seu crescimento e hoje “mais maduro” e por pertencer a este projeto, tem uma ideia um pouco “mais sólida” e pensa “mais a fundo” sobre religião e sobre a fé.

O apóstolo Judas vai ser interpretado por Manuel Moreira, para quem as parábolas do Evangelho de São Mateus, escolhidas pelo autor do musical, “são ensinamentos universais e intemporais”.

Sobre a sua personagem, considera que não é “um traidor”, mas alguém “mais sofrido do que mau”.

Matilde Trocado fala num musical "muito alegre" cuja essência está na vida de uma comunidade: "Dez personagens que lideradas por Jesus vão sendo cada vez mais equipa, cada vez mais grupo, cada vez mais comunidade mesmo".

CB/OC

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