Tapetes de flores enchem ruas para procissão eucarística

População de Caminha expressa a sua devoção ao Corpo de Deus A vila de Caminha atapetou alguns quilómetros das suas principais ruas, com flores, verdes, serrim pintado e sal em homenagem a Cristo sacramentado que na custódia percorre aquela povoação de tradições piscatórias. Apesar de serem cada vez mais os encargos e as canseiras às costas de cada vez menos, um trocadilho utilizado por um voluntário que trabalhou dias a fio a fim de que tudo estivesse alindado e pronto a tempo, explica a dificuldade da manutenção desta tradição que é, já hoje, um verdadeiro ex-libris de Caminha. Durante toda a manhã podiam ver-se muitas centenas de pessoas a percorrer, rua a rua, com um olhar muito crítico, para darem o seu veredicto acerca do trabalho que é o resultado de mais de uma semana de trabalho. Os mais novos, lamentou o referido, «já não olham para isto da mesma forma», mas aqueles que se integram apaixonam-se por esta arte que exprime orgulho e devoção. A rua da Corredoura, um largo e extenso arruamento que liga o centro da vila a Vilarelho, era a que apresentava um tapete com maior quantidade de flores até meio, prosseguindo com um outro, de serrim e sal, colorido e geométrico, já no limite com a outra freguesia. As outras ruas, num percurso que liga a Matriz, que continua encerrada ao culto fruto de umas obras de recuperação que se eternizam, à Igreja Velha, como é localmente designada a Igreja de Vilarelho, combinavam todos este elementos, resultando em tapetes muito coloridos e de grande beleza, uma opinião ouvida em diversos ponto da vila. Esta beleza e trabalho só têm uma finalidade: homenagem e expressão de gratidão a Jesus Cristo sacramentado.

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