Taizé: Prior da comunidade ecuménica diz que o novo Papa traz a «esperança de uma renovação da Igreja»

Irmão Alois acompanhou primeiras palavras de Francisco na Praça de São Pedro

Cidade do Vaticano, 14 mar 2013 (Ecclesia) – O prior da Comunidade Ecuménica de Taizé acompanhou na Praça de São Pedro, no Vaticano, as primeiras palavras do Papa Francisco e considera que elas trouxeram a “esperança de uma renovação na Igreja”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Irmão Alois salienta que as comunidades cristãs de todo o mundo “esperavam algo de novo desta eleição e isso aconteceu” esta quarta-feira.

Em primeiro lugar, “a origem” inédita do novo Papa, vindo da Argentina, da América Latina, “do fim do mundo” como o próprio assumiu, “expressa a dimensão universal da Igreja”, salienta o prior de Taizé.

Por outro lado, “o nome que escolheu evoca a alegria e o amor pelos mais pobres que animavam Francisco de Assis (1181-1226) e que estiveram até agora no coração da sua vida na Argentina”, acrescenta.

O Irmão Alois destaca também a forma como o Papa Francisco se dirigiu aos fiéis na Praça de São Pedro, sobretudo a maneira como “antes de abençoar as pessoas, pediu a sua oração, inclinando-se e mantendo um longo silêncio”.

“Ao pedir também para rezar por Bento XVI, seu predecessor, aliou uma atenção à continuidade a uma promessa de novidade”, aponta o responsável da comunidade ecuménica sedeada na pequena localidade de Taizé, a cerca de 360 Km de Paris.

 Taizé reúne atualmente mais de uma centena de irmãos, católicos e de diversas origens evangélicas, vindos de quase trinta países diferentes e é ainda ponto de encontro humano e espiritual para milhares de jovens e adultos de todos os continentes.

Juntamente “com toda a multidão presente na Praça de São Pedro para saudar e acolher o Papa Francisco”, o Irmão Alois “sentiu-se tocado” com o convite que ele fez a todas as pessoas, para que “rezassem pelo mundo inteiro”, em ordem a uma “grande fraternidade”.

O cardeal argentino Jorge Maria Bergoglio, de 76 anos, foi eleito esta quarta-feira como o novo Papa da Igreja Católica, sucedendo a Bento XVI que resignou em fevereiro ao seu pontificado.

A escolha, feita em Conclave constituído por 115 cardeais de diversos países, contou com a participação de dois representantes portugueses, D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, e D. Manuel Monteiro de Castro, atual penitenciário-mor da Santa Sé.

JCP

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Agência ECCLESIA

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