«Taizé é experiência de Igreja de acolhimento»

Mais de uma semana passou sobre o regresso de uma experiência passada em Taizé. Cerca de 60 pessoas da paróquia de São José, em Coimbra, com diferentes idades e diferentes caminhadas na Igreja, juntaram-se e rumaram a Taizé entre os dias 11 a 23 de Agosto. Alguns pela primeira vez, mostraram o entusiasmo de participar nas actividades da comunidade ecuménica em França, outros puderam constatar que um ano após a morte do irmão Roger tudo continua igual. “Foi uma questão que testemunhámos no dia seguinte à morte do irmão Roger” afirma à Agência ECCLESIA António Monteiro dando conta que alguns de estiveram em Taizé há um ano testemunhando a morte do líder ecuménico. “Agora pudemos ver que continua tudo igual. É uma forma de dizer que o irmão continua presente”. Estiveram na celebração eucarística na Igreja da Reconciliação, assinalando o dia e a hora da morte do fundador da comunidade ecuménica e participaram “de uma celebração normalíssima” relembra. “Mesmo a campa do irmão é da maior simplicidade, ao contrário do que se poderia supor, com grandes homenagens ou culto de personalidade. Continua a ser a comunidade simples que sempre foi”. A diferença que António Monteiro aponta é a disponibilidade que um prior mais jovem tem “pois o irmão Roger já com 90 anos, apesar da vontade não poderia estar com todos. A jovialidade do irmão Alois manifesta a disponibilidade de estar junto” afirma com agrado. Ir a Taizé, mesmo inserido num grupo, continua a ser uma experiência pessoal. “Não se pode falar numa experiência colectiva pois havia pessoas com diversas origens. A experiência é sempre muito pessoal” recorda António Monteiro, dando conta que foi no entanto “um momento marcante para quem o viveu pela primeira vez e continua a ser uma semana tocante para os repetentes”. No entanto, mais importante do que se viveu lá, agora importa transpor este entusiasmo para a paróquia. As actividades normais continuam assim como a aposta nas orações comunitárias mensais na paróquia, inspiradas em Taizé. “Não queremos criar pequenos grupos de Taizé, o nosso trabalho é na paróquia”. E pretendem continuar a propor a experiência da ida a Taizé a pessoas que iniciam a sua vida na Igreja “pois ajuda a ter uma perspectiva de Igreja muito aberta, diferente da visão das «capelinhas» e dos grupinhos que costuma surgir, mostrando que a unidade dos cristãos é possível e que a Igreja é um espaço de acolhimento e de escuta” finaliza.

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