Taizé: 30 mil jovens passam de ano a rezar e refletir

Secretário-geral da ONU enviou mensagem aos participantes no encontro ecuménico que decorre em Praga

Praga, 31 dez 2014 (Ecclesia) – 30 mil jovens cristãos, incluindo vários portugueses, vão entrar em 2015 a rezar e refletir, participando no 36.º Encontro Europeu de Taizé, que se decorre em Praga, numa nova etapa da «Peregrinação de Confiança» animada pela comunidade ecuménica.

Os jovens da Europa e de outros continentes receberam uma mensagem do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que convida a “evitar novas divisões, nacionais, ideológicas ou raciais”.

“Divisão e insegurança são, frequentemente, intensas em épocas de grande índice de desemprego, particularmente quando o talento e a energia dos jovens são ignorados. Devemos trabalhar juntos para compreender o vosso potencial e beneficiar das vossas ideias e liderança. Os jovens necessitam de empregos que os realizem, de sentido de valor próprio e de oportunidades reais”, escreve.

O secretário-geral da ONU recorda que 2015 vai ser dedicado à nova agenda de desenvolvimento, que inclui uma lista de objetivos de desenvolvimento sustentável, além da busca por um acordo “universal e significativo” relativo às alterações climáticas.

Também o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, se dirigiu aos participantes, elogiando o seu compromisso “com o diálogo, a paz, a solidariedade e o encontro ecuménico”.

O responsável evoca o centenário do início da I Guerra Mundial, um aniversário a que se sucede, em 2015, a celebração dos 70 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Encontrai-vos numa cidade profundamente marcada pelo Holocausto, não o esqueçais”, apela.

O prior da Comunidade de Taizé, irmão Alois, desafiou os jovens a promover um diálogo entre crentes e não crentes para que possam criar “uma corrente que consiga resistir ao materialismo insipido”.

“Os cristãos são aqui [República Checa] uma minoria, como em muitos lugares do mundo, e como os cristãos dos primeiros séculos. Eles são o sal da terra, não quando procuram o poder, nem quando impõem os seus pontos de vista à sociedade, mas quando são simples artífices de paz, nos sítios onde vivem”, assinalou, na sua reflexão de terça-feira.

A todos os jovens que participam neste Encontro Europeu são apresentadas diversas propostas concretas para o ano de 2015 e uma delas é a de fazer todos os domingos à noite, com outras pessoas, “meia hora de silêncio pela paz no mundo”.

OC

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Agência ECCLESIA

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