Suspensa campanha publicitária considerada ofensiva pelos escuteiros

A campanha publicitária televisiva da Media Markt, com o slogan “Eu é que não sou parvo”, considerada ofensiva pelos escuteiros, foi suspensa e será substituída por outra “menos caricaturada”. Esta suspensão ocorreu no dia 7 de Fevereiro, na sequência de uma reunião entre a administração da empresa e a coordenação nacional do Corpo Nacional de Escutas. Fonte da empresa assegurou à Agência Lusa que a administração ainda não pensou como prosseguirá a campanha, mas afirmou que será “menos caricaturada” e “mais suave”. Em comunicado, o CNE afirma aguardar “oportunidade de nova reunião” com a administração da empresa para “acompanhar a evolução deste processo”, depois de ter remetido um ofício à empresa denunciando a campanha “clara, objectiva e intoleravelmente ofensiva para os 80.000 escuteiros portugueses e suas famílias”. O CNE solicitava “a suspensão imediata da referida campanha publicitária e a cessação da menção aos escuteiros”, caso contrário teriam “de agir judicialmente, quer civil, quer criminalmente”. A Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP), que também havia repudiado e pedido a suspensão da campanha, assegurou que “os pressupostos que motivaram as acções” junto dos “tribunais e da tutela, mantém-se”, mesmo com a suspensão da campanha. Nuno Castela Canilho, dirigente do Agrupamento de Escuteiros 1037 da Mealhada, e primeiro signatário de uma petição na Internet contra a campanha, que reuniu mais de 7.500 assinaturas, realçou a “vitória do bom senso”. “A campanha foi despropositada, não beneficiou ninguém e maltratou um conjunto de pessoas”, referiu Nuno Castela Canilho, lamentando “que a empresa tivesse de esperar quase 15 dias para suspender os anúncios”. “Nunca esperei que mobilizasse tantas pessoas”, admitiu o dirigente, frisando que “nas escolas, a piada da parvónia, colou nalguns sectores e alguns miúdos foram gozados, por causa do ‘spot’”. Além da personagem do escuteiro, a campanha apresenta outros três “cidadãos da Parvónia” de visita a Portugal, anunciados como o presidente e a miss deste país imaginário e ainda um general. Com Lusa

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