Os suspeitos da morte da missionária portuguesa, Idalina Neto Gomes, de 30 anos, e do padre brasileiro, Waldir dos Santos, de 69 anos negaram qualquer envolvimento na tragédia. Os assassinatos aconteceram durante um assalto a uma missão católica, na província de Tsangano, a 250 quilómetros de Tete, Moçambique, em Novembro de 2006. Em tribunal, onde está a ser julgado o “Crime da Fonte Boa”, os seis arguidos ouvidos nas audiências negarem as acusações do Ministério Público (MP). Dois cidadãos do Malawi, também suspeitos de envolvimento no duplo homicídio, são julgados à revelia por se encontrarem a monte. Os indivíduos, com idades entre 29 e 46 anos, terão cometido, em co- -autoria, os crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, ofensas corporais, furto qualificado e simples e de associação criminosa, segundo a acusação, citada pelo jornal moçambicano ‘Notícias’. O MP considera como circunstâncias agravantes “o facto de o grupo ter agido de forma premeditada, por mais de duas pessoas, com recurso a arrombamento, em lugar sagrado e a coberto da escuridão da noite”, e realça ainda que estavam em “superioridade em relação às vítimas, considerando a idade, sexo e posse de arma”.