Superprodução apresenta vida de João Paulo II em desenhos animados

João Paulo II é a estrela principal de um novo filme de animação, intitulado “João Paulo II, o amigo de toda a humanidade”, concluído após 11 meses de produção pela Cavin Cooper Productions. O filme de animação e o documentário com o título de “João Paulo II por João Paulo II”, constituem o biopic (filme biográfico) “inédito e apaixonante de um dos homens mais decisivos do século XX”, assegura a produtora num comunicado enviado à agência Zenit. “Nesta produção, criada, produzida e dirigida por José Luis López-Guardia (Cavin Cooper), em colaboração com o Centro Televisivo Vaticano, mostra-se João Paulo II na sua dinâmica, realização, feitos e acontecimentos desconhecidos, dos quais não existem documentos gráficos, mas que ajudam decisivamente a entender a trajectória que o levou a ser Papa”, afirma a nota. A produção foi dobrada em sete idiomas e será comercializada em quatro packs diferentes para facilitar a sua distribuição mundial, feita pela mesma produtora. O trailer do filme pode ser visto em www.cavincooperprods.com. A obra tem duas partes: os primeiros 30 minutos são desenhos animados, e a segunda parte é um documentário elaborado em colaboração com o Centro Televisivo do Vaticano. A intenção dos autores é mostrar uma visão mais próxima deste Papa, o mais carismático do último século, a crianças e adultos. O DVD, cujo orçamento ultrapassou os dois milhões de Euros, foi realizado com as últimas técnicas de produção de filmes de animação. Os desenhos animados irão iniciar-se com a visão de um Karol Wojtyla ainda criança, na sua Polónia natal, prosseguindo com o seu trabalho durante a guerra, os seus estudos clandestinos durante o comunismo e a entrada no Conclave de que saiu Papa, mostrando ainda afeições pessoais, como o futebol, o esqui e, sobretudo, o teatro. A banda sonora é composta pela música favorita de João Paulo II, em grande parte composta pelo Pe. Marco Frisina, Director do Instituto Litúrgico do Vicariato de Roma. Karol Wojtyla O Papa polaco foi uma das figuras mais marcantes da história recente, na Igreja e no mundo, e deixou atrás de si a herança de um longo Pontificado de 26 anos e meio. Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de Maio de 1920 em Wadowice, no sul da Polónia, filho de Karol Wojtyla, um militar do exército austro-húngaro, e Emília Kaczorowsky, uma jovem de origem lituana. Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe, o falecimento de sua mãe ao dar à luz a uma menina que morreu antes de nascer. Três anos mais tarde faleceu o seu irmão Edmund, com 26 anos, e em 1941 morre o seu pai. Em 1938 foi admitido na Universidade Jagieloniana, onde estudou poesia e drama. Durante a II Guerra Mundial (1939- 1945) esteve numa mina em Zakrzowek, trabalhou na fábrica Solvay e manteve uma intensa actividade ligada ao teatro, antes de começar clandestinamente o curso de seminarista. Durante estes anos teve que viver oculto, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Segundo relata o actual Pontífice, estas experiências ajudaram-no a conhecer de perto o cansaço físico, assim como a simplicidade, a sensatez e o fervor religioso dos trabalhadores e pobres. As marcas no seu corpo começam a aparecer quando em Fevereiro de 1944 é atropelado por um camião alemão e é hospitalizado. Ordenado sacerdote em 1946, vai completar o curso universitário no Instituto Angelicum de Roma e doutora- se em teologia na Universidade Católica de Lublin, onde foi professor de ética. A forma filosófica, que integrava os métodos e perspectivas de fenomenologia na filosofia Tomistica, de gerir as questões que se lhe apresentavam no dia a dia, estão relacionadas com a sua “devoção” ao pensador Alemão Mas Scheler. No dia 23 de Setembro de 1958 foi consagrado Bispo Auxiliar do administrador apostólico de Cracóvia, D. Baziak, convertendo-se no membro mais jovem do episcopado polaco. Participou no Concílio Vaticano II, onde colaborou activamente, de maneira especial, nas comissões responsáveis na elaboração da Constituição Dogmática Lumen Gentium e a Constituição conciliar Gaudium et Spes. Durante estes anos o então Bispo Wojtyla combinava a produção teológica com um intenso labor apostólico, especialmente com os jovens, com os quais compartilhava tantos momentos de reflexão e oração como espaços de distracção e aventura ao ar livre. No dia 13 de Janeiro de 1964 faleceu D. Baziak e Wojtyla sucedeu-lhe na sede de Cracóvia como titular. Dois anos depois, o Papa Paulo VI converte Cracóvia em Arquidiocese. Durante este período como Arcebispo, o futuro Papa caracterizou-se pela integração dos leigos nas tarefas pastorais, pela promoção do apostolado juvenil e vocacional, pela construção de templos apesar da forte oposição do regime comunista, pela promoção humana e formação religiosa dos operários e também pelo estímulo ao pensamento e publicações católicas. Representou igualmente a Polónia em cinco sínodos internacionais de bispos entre 1967 e 1977. Em Maio de 1967, aos 47 anos, o Arcebispo Wojtyla foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI. Em 1978 morre o Papa Paulo VI, e é eleito como novo Papa o Cardeal Albino Luciani de 65 anos que tomou o nome de João Paulo I. O “Papa do Sorriso”, entretanto, falece 33 dias após a sua nomeação e no dia 15 de Outubro de 1978, o Cardeal Karol Wojtyla é eleito como novo Papa, o primeiro papa não-italiano desde 1522, ano da eleição do holandês Adriano VI. Tendo-se formado num contexto diferente dos Papas anteriores, João Paulo II viria a imprimir na Igreja um novo dinamismo, impondo ao mesmo tempo um maior rigor teológico e disciplinar. Morreu no Vaticano, após a progressiva deterioração do seu estado de saúde, a 2 de Abril de 2005.

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