Sudão: Papa assegura «proximidade espiritual» às pessoas afetadas no deslizamento de terras

Leão XIV encoraja «autoridades civis e equipa de emergência» nos «trabalhos de socorro»

Foto: UNAMID/Albert González Farran

Cidade do Vaticano, 02 set 2025 (Ecclesia) – O Papa manifestou hoje proximidade a todas as pessoas afetadas pelo deslizamento de terra que atingiu uma aldeia no centro do Sudão, e reza, “em particular, pelo descanso eterno dos falecidos”, num telegrama ao bispo de El Obeid.

“O Santo Padre invoca de boa vontade sobre a nação as bênçãos divinas da consolação e da força”, lê-se no telegrama de Leão XIV, publicado esta terça-feira, na sala de imprensa da Santa Sé.

O Papa “assegura a todos os afetados por este desastre a sua proximidade espiritual”, no telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviado ao bispo de El Obeid.

“Rezando especialmente pelo descanso eterno dos mortos, por aqueles que choram a sua perda e pelo resgate das muitas pessoas ainda desaparecidas”, acrescenta, ao D. Yunan Tombe Trille Kuku Andali

Um deslizamento de terras no Sudão atingiu a aldeia de Tarasin, na região central de Darfur, conhecida pela produção de frutas cítricas, na noite desta segunda-feira, o número de vítimas ainda é provisório, mas contam-se em “mais de mil pessoas”.

O governador de Darfur referiu-se a este deslizamento de terras como uma “tragédia humanitária que transcende as fronteiras da região”, e pediu às organizações humanitárias internacionais que “intervenham com urgência e prestem apoio e assistência neste momento crítico”.

“A tragédia é mais do que o nosso povo pode suportar”, lamentou Minni Minnawi, citado pelo portal ‘Vatican News’.

O Papa Leão XIV “oferece encorajamento às autoridades civis e às equipas de emergência” nos seus “esforços contínuos de socorro”, no telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, endereçado ao bispo da Diocese sudanesa de El Obeid.

O portal de notícias do Vaticano explica que “grande parte de Darfur”, na parte ocidental do Sudão, permanece inacessível às  ONGs (Organizações não Governamentais), incluindo a área afetada pelo deslizamento de terra, controlada pelo Movimento do Exército de Libertação do Sudão (SLM, na sigla em inglês), devido aos combates que limitam gravemente o fornecimento de ajuda humanitária.

A guerra no Sudão, entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), causou mais de 40 mil mortes, e pelo menos 13 milhões de deslocados, desde 15 de abril de 2023; a ONU denunciou, há duas semanas, que dezenas de pessoas morrem de fome e desnutrição todas as semanas, no campo de refugiados de Abu Shouk.

CB/OC

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