Dentro de alguns meses, o Sudão poderá conhecer uma nova definição territorial, com a independência da região sul.
Uma situação para a qual a Igreja Católica local está particularmente atenta, já que pretende assegurar que esta transição seja efectuada da forma mais limpa e pacífica possível.
O referendo que decide a independência, ou não, do Sul do Sudão, está marcado para dia 9 de Janeiro de 2011. De acordo com a agência ZENIT, os últimos prognósticos apontam mesmo para o surgimento de um novo pais no continente africano.
Recorde-se que, durante 20 anos, o Sudão foi dilacerado por um conflito entre o Governo e um movimento separatista do Sul, que reclamava independência.
Em 2005, foi firmado um acordo de paz entre as duas facções, onde se previa a realização de um referendo junto da população, para resolver definitivamente as divergências.
Outro passo foi dado em Abril deste ano, com as eleições dos presidentes do Governo Central, Omar el Bashir, e do governo semi-autónomo do Sudão do Sul, Salva Kiir.
Nesta altura, já foi aberto um processo cívico educativo, para que as pessoas possam dar a sua opinião da forma mais esclarecida possível.
Os responsáveis católicos estão no terreno, em conjunto com missionários e outros grupos confessionais cristãos, tendo já pedido a colaboração das Nações Unidas para a preparação deste processo.
Trata-se de uma missão complicada, naquele que é considerado o maior país africano, com uma população de cerca de 40 milhões de habitantes, maioritariamente muçulmana.
Na região semi-autónoma do Sudão do Sul, predominantemente cristã, uma delegação inter-congregacional, integrada por 24 religiosos de 15 nacionalidades, está neste momento a trabalhar em 4 dioceses da região: Juba, Yambio, Malakal e Wau.