Sudão do Sul: Superior geral dos Combonianos manifesta «choque» e «proximidade» à população

Religiosos em Juba relatam «centenas de mortos» em conflito entre Governo e oposição

Lisboa, 11 jul 2016 (Ecclesia) – O superior geral dos Missionários Combonianos manifestou “proximidade, choque” e “preocupação” numa carta aos frades da comunidade religiosa de Juba e da Província do Sudão do Sul, devido aos combates entre Governo e a oposição.

“Estamos todos chocados com a amoralidade das pessoas no poder que não pensam no bem comum e na paz para as populações do Sudão do Sul, as quais já viram e sofreram o suficiente, por causa da guerra nas últimas décadas”, escreveu o padre Tesfaye Tadesse.

Na carta enviada à Agência ECCLESIA, o sacerdote etíope manifesta solidariedade com os religiosos no país africano e une-se aos “sentimentos de desilusão, tristeza e dor” por tudo o que está a acontecer.

A missiva, em nome do Conselho Geral do Instituto dos Missionários Combonianos, manifesta também “proximidade” a cada um e ao povo de Juba, em particular, e a todos os cidadãos do Sudão do Sul.

Segundo os Missionários Combonianos os conflitos militares “já fizeram mais de uma centena de mortos na capital” do Suão do Sul, desde 07 de julho; A mais nova nação do mundo celebrou o quinto aniversário da independência em guerra, este sábado, dia 09.

O padre Tesfaye Tadesse escreve ainda que nas orações pedem que Jesus “oriente os corações” dos políticos e dos oficiais do exército para que “deponham as armas” e se sentem à mesma mesa para dialogar.

O provincial dos Missionários Combonianos em Portugal, o padre José Vieira, na informação enviada à Agência ECCLESIA também partilhou o testemunho “de violência” do padre Raimundo Nonato no aniversário da Independência do Sudão do Sul que não foi comemorado “oficialmente” porque o Governo disse que “não tem dinheiro”.

“Não há o que comemorar com a situação crítica em que vive o país. Centenas de milhares desabrigados por causa dos conflitos, comunidades inteiras em risco de fome, doenças que se alastram e uma economia em colapso”, escreveu o religioso brasileiro que vive em Juba.

A congregação missionária internacional foi fundada em 1867 na cidade de Verona (Itália) por São Daniel Comboni; Conta com mais de 1600 membros, a trabalhar na Europa, África, Américas e Ásia.

CB

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Agência ECCLESIA

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