Sudão do sul: Missionário português fala em clima de «paz»

Padre José da Silva acredita que a participação dos 60 por cento de eleitores inscritos que valida o resultado «vai ser ultrapassada sem problemas»

Lisboa, 12 Jan (Ecclesia) – O missionário português José da Silva, a residir em Juba, capital do sul do Sudão, revelou que o referendo para a autodeterminação da região “tem decorrido em paz e tranquilidade”.

Para o religioso Comboniano, as eleições iniciados no último dia 9 têm sido “uma lição de civismo para quem esperava convulsões sociais graves”.

O referendo sobre a independência do Sudão do sul decorre entre 9 e 15 de Janeiro, decidindo o futuro do território meridional, com cerca de 9 milhões de habitantes, maioritariamente cristão, ao contrário do norte, onde a maioria muçulmana tem levado a cabo um processo de islamização da sociedade.

Num comentário publicado no seu blogue «Jirenna» (palavra guji, do sul da Etiópia, que significa vida), o padre José da Silva, chefe de redacção da Rádio Bakhita, diz que os cerca de 4 milhões de eleitores “celebraram finalmente o direito de escolherem o futuro para a região, depois de meio século de guerras e mais de cinco milhões de mortos”.

Até ao momento, acrescenta, “pode dizer-se que mais de dois milhões já votaram e a marca da participação dos 60 por cento de eleitores inscritos, que valida o resultado, vai ser ultrapassada sem problemas”.

Em Juba, diz o padre José Vieira, “os arcebispos católico e anglicano votaram juntos, «observados» por mais cinco purpurados, incluindo um cardeal sul-africano”.

Durante uma semana, a população do sul do Sudão decide se deseja continuar a fazer parte de um Sudão unido ou prefere formar um país independente, o 54.º de África, sendo que esta última hipótese é apontada como a mais do que provável vencedora.

OC

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