Lisboa, 28 jul 2016 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alertou hoje para o aumento da tensão política e social no Sudão do Sul, após recentes combates entre as forças leais ao presidente Salva Kiir e as do primeiro vice-presidente, Riek Machar.
A AIS cita um responsável por projetos da fundação no Sudão do Sul, mantido no anonimato por questões de segurança, o qual afirma que “o pior ainda está para acontecer”.
O religioso tem sido testemunha do aumento da violência nos últimos tempos, em especial na capital, Juba.
“A forma como os vários governos de todo o mundo estão a agir, em pânico, mostra que eles temem que algo de terrível ainda está para acontecer. Pode-se até ouvir nas ruas que o pior ainda está para acontecer”, insiste o responsável da AIS.
Os confrontos no Sudão do Sul forçaram 37 mil pessoas a fugir para o Uganda nas últimas três semanas, segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, acabou por destituir Riek Machar como seu primeiro-vice-presidente.
"As pessoas simplesmente não podem suportar este inferno por mais tempo. Estou a ver as pessoas a deixa Juba (a capital) em grande número, dirigindo-se principalmente para o Uganda”, assinala a fonte contactada pela AIS, em declarações enviadas hoje à Agência ECCLESIA.
OC
