Sudão do Sul: Combonianos pedem ajuda financeira para populações atingidas pela guerra

Conflito entre governo e rebeldes já provocou 10 mil mortos e 700 mil deslocados

Lisboa, 28 jan 2014 (Ecclesia) – Os missionários combonianos presentes no Sudão do Sul estão a pedir à comunidade internacional ajuda financeira para atender às necessidades das populações locais, atingidas por uma guerra civil que já provocou 10 mil mortos e 700 mil deslocados.

O superior provincial da congregação, padre Daniele Moschetti, apela à “solidariedade” das pessoas para com “o povo do Sudão do Sul” e pede-lhes ainda que “rezem” por estas comunidades e “por todos” os missionários que estão ao serviço do país.

As ofertas para a operação ‘Emergência Sudão do Sul’ podem ser encaminhadas através das comunidades dos Missionários Combonianos espalhadas pelos diversos continentes e através da revista ‘Além-Mar’.

O Sudão do Sul ganhou a sua independência há pouco mais de três anos mas isso não significou mais paz e estabilidade para as populações, que agora estão envolvidas numa luta fratricida entre as tropas leais ao atual presidente Salva Kiir e as forças rebeldes do antigo vice-presidente do país, Riek Machar.

[[v,d,4403,Entrevista ao padre José Vieira, provincial dos Missionários Combonianos, que trabalhou nos os últimos 7 anos no país mais novo do mundo]]Segundo o padre José Vieira, responsável pela província dos combonianos em Portugal, ambas as partes têm estado “a violar o acordo” assinado na última semana por representantes de Kiir e Machar em Adis Abeba, na Etiópia.

Neste momento, a principal preocupação dos missionários combonianos é acudir aos milhares de refugiados que olham para a Igreja Católica como uma das poucas oportunidade de refúgio e proteção.

O novo provincial dos Missionários Combonianos, padre José Vieira, trabalhou durante 7 anos no Sudão do Sul, um país que considera “viável” e “com futuro” lamentando por isso que esteja ser destruído por uma guerra civil.

O conflito que se arrasta desde 15 de dezembro é “lamentável” porque afeta “um país que, se for explorado com uma atenção e preocupação pelo bem comum, tem futuro”, disse à Agência ECCLESIA.

“O confronto político tornou-se também um confronto tribal o que levou o conflito a espalhar-se a todo o país, num mês de guerra há cerca de 10 mil mortos, cerca de 413 mil deslocados e mais de 73 mil refugiados nos países vizinhos como o Quénia, o Uganda e a Etiópia” lamenta o padre José Vieira.

JCP/OC

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