Lisboa, 03 ago 2011 (Ecclesia) – O bispo sudanês D. Macram Max Gassis alertou para “uma verdadeira limpeza étnica” na região dos montes Nuba, fronteira com o Sudão do Sul e o Darfur, cuja população recusa permanecer sob o governo de Cartum.
Segundo a Rádio Vaticano, o prelado exortou os meios de comunicação a darem mais espaço ao que está a acontecer na região africana.
D. Macram Max Gassis acusa o governo do Sudão de se justificar indevidamente com a presença do Exército de Libertação do Povo Sudanês SPLA), protagonista da última guerra civil no Sudão.
“Não há nenhum Exército ali: são os civis que são mortos e entre eles pessoas vulneráveis como as crianças, as mulheres e os idosos”, denunciou.
De acordo com o prelado, após a independência do Sudão do Sul, o governo de Cartum não está disposto a renunciar às Montanhas, ricas em matérias-primas começando pelo petróleo.
A situação terá piorado após a proclamação da independência do Sudão do Sul, a 9 de julho, o que levantou questões sobre o futuro da região dos montes Nuba (Kordofan do Sul), do Abyei, do Darfur e do Nilo Azul.
OC
