Sudão: Bispo exige mais atenção para os refugiados que regressam

O Bispo da diocese de Torit (sul do Sudão), D. Ako Johnson Mutek, exortou o governo sudanês, a ONU e as organizações de ajuda internacionais a redobraremos seus esforços para melhorar a atenção aos refugiados e desalojados que carecem de alimentos, água e assistência médica. Numa visita à sede da associação católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o prelado defendeu a necessidade de abrir mais escolas e também explicou o problema que representa o gado conduzido à região em busca de pastagens, que destrói os campos numa área em que a maior parte da população vive da agricultura. Segundo D. Mutek, é urgente controlar esta situação para evitar novos conflitos. O Bispo descreve o regresso dos refugiados como «o cumprimento de um sonho colectivo», fruto do acordo de paz de Janeiro de 2005, que finalmente tornou possível o regresso de pessoas que se viram obrigadas a fugir, seja para outras regiões sudanesas, seja para o estrangeiro, durante a sanguinária guerra civil que atingiu o país durante mais de 20 anos. Estima-se que só o número de desalojados seja de 5 milhões de pessoas. D. Mutek assinalou que a Igreja Católica recebe «com os braços abertos» os que voltam, que, apesar de estar longe, nunca deixaram de estar no coração e no pensamento da diocese, e acrescentou que a Igreja, «com os seus limitados recursos, sempre difundiu as vozes que pediam a paz» e sempre esteve atenta aos refugiados e desalojados. Segundo o Bispo, agora que as pessoas podem finalmente regressar aos seus lugares de origem, é preciso fazer todos os possíveis para evitar um ressurgimento da violência e para colocar as bases da tolerância e do perdão no Sudão. Redacção/Zenit

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